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Nossa Liberdade em Cristo – Parte 1

Grande ideal e objeto de desejo das pessoas, a liberdade tem sido entendida em termos de ausência de limites na prática daquilo que uma pessoa quer ser, ter ou fazer. É assim com o jovem em suas baladas, com o desonesto e sua ganância que não reconhece restrições, bem como qualquer pessoa que viva entregue a si mesma e seus desejos.

Há uma nítida percepção de que as atuais gerações, tanto a de Woodstock 69 quanto a nascida debaixo da era digital, têm busca se livrar de tudo quanto as prenda a certos princípios e padrões de conduta externos a elas mesmas. A propósito, temos aprendido que não existe A Verdade e, portanto, cada um define a sua. Assim sendo, nada nem ninguém externo a nós mesmos pode definir quem somos ou como devemos viver. Nisto repousa a concepção contemporânea de liberdade (para não dizer relativismo).

No entanto, liberdade sem limites ou parâmetros não é liberdade, mas libertinagem pois, conforme Paulo escreve emGálatas 5:13 (Porque vós, irmãos, fostes chamados à liberdade; porém não useis da liberdade para dar ocasião à carne…”), a verdadeira liberdade impõe auto-restrições a si mesma, de tal forma que não venha a viver uma vida contrária a Deus e Seus desígnios. “Dar ocasião à carne” é usar de nossa natureza pecaminosa como pretexto para a prática do que mais desejamos e sabemos fazer: Pecar! Porém, o preço do pecado obstinado é a ruína do pecador. Em tese, uma “liberdade” que aprisiona.

Um senso libertino traz, na verdade, não a liberdade, mas escravidão ao pecado e morte. Por esta causa, podemos entender que há mais liberdade na vivência dos limites da Palavra de Deus que em uma vida ausente de referenciais ou parâmetros.

Ser livre, conforme 2 Coríntios 3:17 (Ora, o Senhor é o Espírito; e, onde está o Espírito do Senhor, aí há liberdade.”), é viver de acordo com o agir do Espírito Santo, o qual nunca nos conduzirá a uma vida desequilibrada ou entregue aos próprios desejos (Efésios 5:18), antes, sim, a uma vida dependente e controlada pelo próprio Deus. Esta vida controlada pelo Espírito buscará, necessariamente, viver conforme os ensinamentos de Cristo.

Diante do perdão da mulher adúltera, Jesus prega a mensagem do reino a diversos judeus, dentre os quais alguns se convertem a Cristo. A estes novos convertidos Jesus diz: Se vós permanecerdes na minha palavra, sois verdadeiramente meus discípulos; e conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará.” (João 8:31-32). Perceba que o conhecimento da verdade produz e promove liberdade.

Na sequência do Evangelho de João, Jesus afirma que a Palavra de Deus é a verdade. Por isso, podemos entender que o conhecimento da Palavra de Deus, e uma vida conforme seus preceitos, produzirá em nós a verdadeira liberdade. Não a libertinagem (uma vida sem limites ou parâmetros), mas a liberdade de não mais precisarmos seguir nossos próprios desígnios se não os de Deus a nós. Assim vivendo, seremos verdadeiramente livres em Cristo.

Liberdade ou libertinagem: qual das duas é a sua realidade?

Em Cristo e por Cristo, Pr. Hélder Cardin.