31 Jesus dizia, pois, aos judeus que criam nele: Se vós permanecerdes na minha palavra, verdadeiramente sereis meus discípulos; 32 E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará.

João 8:31-32

Diante desta afirmação de Jesus, precisamos entender do que Cristo nos libertou:

1.    Do ritualismo da lei (Gálatas 5:1-12) – O apóstolo Paulo afirma, em Gálatas 2:20, ter morrido para si mesmo para poder viver a vida de Cristo. Tal afirmação se dá em um contexto em que a lei do Antigo Testamento era supervalorizada pelos judaizantes (cristãos judeus que impunham a prática da lei aos cristãos gentios em detrimento do sacrifício de Cristo na Cruz.) Eram pessoas livres optando, no entanto, pela vivência da escravatura ao ritualismo da lei.

2.    Da penalidade, poder e presença do pecado (Tito 2:11-14) – Diante do perdão da mulher adúltera (João 8), Jesus prega a mensagem do reino aos judeus, dentre os quais alguns aceitam a mensagem. Diante de tais conversões, Jesus pronuncia: “Se vós permanecerdes na minha palavra, sois verdadeiramente meus discípulos; e conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará.” (João 8:31-32). Perceba que o conhecimento da verdade produz e promove liberdade, liberdade esta que também foi expressa por Paulo em Romanos 6.

3.    Um terceiro aspecto, e que provavelmente dá sentido aos anteriores, é que Cristo nos libertou da escravidão de tudo quanto não procede dele próprio. Éramos escravos dos nossos próprios desejos e paixões, das inclinações na nossa natureza pecaminosa (Efésios 2:1-3), de satanás e seus malévolos desígnios (João 8:44; 1 Pedro 5:8-9; 1 João 5:18-19; 2 Coríntios 2:11), dos princípios elementares deste mundo, ou seja, daquilo que não é eterno e espiritual mas estritamente terreno e humano (Colossenses 2:8; Colossenses 3:1-3) e de tantas outras coisas. No entanto, agora, em Cristo, somos servos do único vivo e verdadeiro Deus e Senhor de todas as coisas (1 Tessalonicenses 1:8-10). Nele existimos, vivemos e nos movemos (Atos 17:28), nele nossa vida ganhou novo sentido de tal forma que, agora, passamos a viver uma vida cristocêntrica (Gálatas 2:20). A Ele devemos nos sujeitar e submeter (1 Pedro 5:5-6), buscando uma vida distante do pecado e condizente com os princípios e padrões do nosso Senhor (Romanos 6:1-14).

Aqueles que estão em Cristo são nova Criatura (2 Coríntios 5:17), onde o pecado já não mais tem poder sobre eles. Pela primeira vez, por causa de Cristo, podemos não pecar. Nossa liberdade não é para pecar, mas do pecado (Gálatas 5:1-13), e contra este pecado devemos lutar constantemente (Romanos 7:15-25; 1 Coríntios 9:24-27). Em Cristo, a vida é verdadeira e abundante (João 10:10).

Assim sendo, queridos, vivamos a verdadeira liberdade em Cristo, a qual nos dá livre acesso ao trono da graça de Deus (Hebreus 10:19-22)

Em Cristo e por Cristo,

Pr. Hélder Cardin