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Relacionamentos a sombra da cruz de Cristo (parte 1)

Série Efésios - 6ª Mensagem (Parte 1) - 03/02/2013
Relacionamentos a sombra da cruz de Cristo (Ef 2:11-22)
Pr Domingos

Mensagem: O povo de Deus crê e vive segundo a verdade por Ele revelada em Jesus Cristo e na Bíblia, e assim tem Nele a satisfação e a realização de vida, o desenvolvimento de relacionamentos sadios, e o viver que exalta e testemunha o Seu caráter amoroso, justo e santo.


Introdução

Domingo, 13 e 20 de Janeiro, na 5a. mensagem, desta série em Efésios,  nós refletimos sobre “A volta dos vivos mortos”, Ef 2:1-10. Vimos que “o ser humano sem Jesus Cristo, ele está vivo fisicamente, mas morto espiritualmente por causa da sua natureza pecaminosa, que o separa de Deus. Somente pela fé em Jesus Cristo o ser humano tem vida espiritual – é um “vivo vivo”.

Hoje, na 6a. mensagem, estaremos refletindo sobre “Relacionamentos a sombra da cruz de Cristo”, Ef 2:11-22.

  1. I. Lembrando o nosso passado – “Portanto… outrora…”, 2:11,12

“Portanto, lembrai-vos…” – depois de ter falado na vida que temos em Cristo Jesus, “tendo sido criados para as boas obras”(2:10), o apóstolo Paulo volta a lembrar-nos do nosso passado sem Cristo…

Sem Cristo nós éramos “gentios na carne, chamados incircuncisão…” –

Os gentios (não judeus) experimentaram a separação, a alienação:

-  social – excluídos, desprezados pelo povo de Israel; o pecado (Gn 3) trouxe a divisão e a separação humana…

-  espiritual – alienados, desconectados, separados de Deus (4:18 “apallotrioō”, desafeiçoar, excluir, alienar):

a)               “Sem Cristo…” – não tínhamos comunhão, relacionamento com Cristo; não estávamos “em” e nem “com” Cristo. Estamos mortos espiritualmente, sem vida espiritual (cf. Ef 2:1).

Sem Cristo, sem direção – a história marcha para o nada…

b)               “Separados da comunidade de Israel…” – não tendo parte na herança do povo escolhido, na benção e proteção divina dada ao povo de Israel;

c)               “Estranhos às alianças da promessa…” – não podiam partilhar das benções advindas da aliança de Deus com o Seu povo;

d)               “Não tendo esperança…”– não conheciam e nem confiavam nas promessas divinas; sem esperança, pois não estavam debaixo e nem viviam segundo as promessas divinas.

e)               “ …e, sem Deus no mundo” – ateu; por não possuir e ou rejeitar a verdade divina, o verdadeiro conhecimento de Deus,  voltavam-se à idolatria, não tinham qualquer comunhão verdadeira com Deus (John Stott).

Sem esperança e sem Deus, sem razão de viver… Se não tenho origem, não tenho destino… Se venho do nada, do acaso, para o nada, para o acaso me dirijo… Isto é desespero (niilismo)…

“Outrora…”, sem Jesus Cristo éramos “alienados, separados do “Messias, da teocracia (governo de Deus) e da aliança, da esperança e do próprio Deus” [...] “Numa única frase de Paulo, estavam longe (13) alienados de Deus e do povo de Deus”(Stott).

A situação não é a mesma no mundo atual sem Cristo?

Não é a mesma situação na tua vida sem Cristo?

  1. II. Lembrando a obra de Jesus Cristo  – “Mas, agora, em Cristo…”, 2:13-18

“Mas agora em Cristo”, v. 13 – na união pessoal com Cristo, mediante a qual a reconciliação conseguida por Ele é recebida e desfrutada.

Por Sua morte sacrificial na cruz, ao nos arrependermos dos nossos pecados e crermos em Jesus Cristo como único e suficiente Salvador, somos reconciliados com Deus e uns com os outros (cf. Rm 5:1-11).

“Em Cristo Jesus”, Ele que é a nossa paz, e trouxe boas novas de paz (v. 14, 17; Is 57:17):

a)               Somos aproximados de Deus, v. 13, 18 (cf. 2 Co 5:18-21) – união espiritual e intimidade com Deus; nos tornamos filhos de Deus (Jo 1:12); fomos justificados, declarados justos, absolvidos da condenação dos pecados, recebemos o dom da vida eterna… A proximidade com Deus é em Cristo Jesus e pela sua morte na cruz pelos pecados da humanidade (cf. 1:7).

Jesus Cristo é a nossa “paz”, o Pacificador ente o ser humano pecador e o Deus Santo, Justo e Amoroso.

Nosso acesso ao Pai é “em um Espírito” (v. 18) . Nisso não há nenhum mérito nosso, mas há a obra do Espírito Santo em nós e por nós, nos “convencendo do pecado e da justiça e do juízo”, e nos conduzindo ao Pai por meio de Jesus Cristo.

b)               Somos aproximados dos nossos inimigos, v. 14, 16 –  foi removida a “parede”, a barreira social, religiosa e espiritual que separava judeus e gentios; em Cristo não há “judeus” ou “gentios”, mas somente “cristãos”, “filhos de Deus” (cf. Cl 3:11; Gl 3:38).

Somos aproximados pelo entendimento do caminho para a salvação e santificação… A salvação e nem a santificação ocorrem por meio da obediência da lei cerimonial e nem da lei moral; mas, por meio do Cristo crucificado e ressurreto, de Seu amor, graça e misericórdia – v. 15; 2:8 (Cl 2:11, 16-21).

“Em Cristo Jesus há um “novo homem” (v. 15) – uma nova raça humana”, unida por Jesus Cristo na Sua própria pessoa” (Pr. John MacArthur Jr.).

Unidos a Cristo, nós somos unidos “uns aos outros”.

Conclusão

“Assim, já…” – o que passamos a ser em Jesus Cristo, e como devemos viver, v. 19-22.

O retrato da nova sociedade de Deus, dos novos relacionamentos em Cristo Jesus, Ef 2:19-22.

a)               “Cidadãos celestiais…, v. 19

“Concidadãos dos santos…”, v. 19 – fazendo parte do Reino de Deus. Regidos pelo próprio Deus, e recebendo Dele os privilégios e as responsabilidades do Reino… Temos uma nova cidadania, somos cidadãos celestiais (Fp 3:20).

“O reino de Deus é feito de pessoas de todos os tempos que creram nele. Lá, não há estranhos, estrangeiros, ou cidadãos de segunda classe…” (MacArthur).

Não podemos levantar barreiras de separação pelo complexo de superioridade (visão de nós mesmos além do que convém), e nem pelo complexo de inferioridade (visão de nós mesmos aquém do que convém)… Jesus nivelou-nos a todos lá na cruz e derrubou as muralhas de separação.

b)               “Membros da família de Deus…”, v. 19 – em Cristo somos mais do que cidadãos de uma nova pátria, somos membros da família de Deus; com acesso (2:18) e amados por Deus Pai (Jo 3:16); vivendo o amor fraternal – relacionamento de afeição, de cuidado e de apoio…

Nossa Visão como igreja  (ser) : Igreja bíblica,  vivendo e comunicando de modo relevante e contagiante a realidade de sermos em Cristo – “Família de Deus”.

c)               “Somos templo de Deus…”, vv. 20-22

“Edificados sobre o único fundamento…”, v. 20 –  Jesus Cristo e a Bíblia, palavra de Deus, são os nossos fundamentos. Sobre estes fundamentos a Igreja está alicerçada e é edificada.

“Partes de um único edifício…”, v. 21 – cada cristão é uma pedra deste edifício (1 Pe 2:5)  – Igreja, templo de Cristo, corpo de Cristo.

“A unidade e o crescimento da igreja vêm em conjunto, e Jesus Cristo é o segredo de ambos” (Stott).

“Habitados pelo Espírito Santo…”, v. 22 – indica o propósito deste “templo”; ser habitado por Deus.

O “novo templo [...] é um edifício espiritual (a família de Deus é uma comunidade inter-racial…, e tem alcance mundial…” (Stott).

O Espírito Santo residindo permanentemente na Igreja; garantia de que fomos propriedade de Deus, em louvor da sua glória (Ef 1:13,14).

Esta obra será concluída com a criação dos novos céus e nova terra – Ap 21:1-5.

Próxima, 7a. mensagemManifestando a sabedoria divina, Ef 3:1-13

Lembre-se:

A sua responsabilidade, debaixo da graça e capacitação divina é a de perseverante, e confiantemente aplicar os princípios e as verdades divinas que tens ouvido (Fp. 2.12,13; 1 Tm. 4.7-9; Tg. 1.22-27). Ao meditar nesta mensagem, pergunte-se:

* O que  Deus quer transformar no meu modo de pensar e agir?

* Como eu posso colocar isso em prática na minha vida?

* Qual o primeiro passo que darei nessa direção (para que haja real transformação em minha vida)?

Conheça… Creia… Aproprie-se… E, pratique a verdade divina para que experimentes a vida plena que há em Jesus Cristo (João 10.10).