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Crises - Lições e vitórias

Mensagem: O que a vida faz em nós, depende do que a vida encontra em nós; uma crise não faz uma pessoa; ela revela do que a pessoa é feita.

Introdução

Na 11ª mensagem, “Sem Medo do Futuro”, Isaias 32- 35, vimos que “O sábio vive o presente com o aprendizado do passado e a perspectiva do futuro”.

Vivemos dia a dia a realidade das crises, adversidades da vida e na vida!

As crises vêem, queiramos nós ou não.

O que a vida faz em nós, depende do que a vida encontra em nós; uma crise não faz uma pessoa; ela revela do que a pessoa é feita.

Ezequias esteve em face de três crises num curto espaço de tempo:

  • I. Uma crise internacional – a invasão do império Assírio.
  • II. Uma crise pessoal – doente e perto da morte.
  • III. Uma crise espiritual – orgulho diante da visita dos enviados babilônicos.

Ezequias era um grande e bondoso homem, mas ele era um homem – o que significa que ele tinha toas as fragilidades da carne humana.

Entretanto, antes de nós procurarmos falhas em sua vida, temos que examinar nossas próprias vidas, e como reagimos diante das crises, e adversidades, que testam nosso caráter, nossa fé, valores e prioridades.

Por vezes as crises surgem, quando as circunstâncias parecem ser as melhores.

Ezequias havia liderado a nação numa grande reforma espiritual, e o povo estava unido no temor do Senhor – haviam jogado fora os ídolos, restaurado o serviço do templo (revelando prioridade  das coisas do Senhor), e haviam buscado as bênçãos de Deus.

Sabe aquele momento em que você procura levar Deus mais a sério… Diariamente separando tempo para leitura bíblica, oração, confissão e abandono dos pecados; investindo tempo de qualidade com a família construindo relacionamentos sadios e construtivos; na igreja sendo e estando plenamente envolvido e comprometido; testemunhando e proclamando Cristo aos outros… E, de repente surgem as crises… Ao invés da paz surgem as batalhas, guerras – crises!

Havia Deus tornado-se cego e surdo, diante do que Ezequias e o povo, estavam fazendo?  Claro que não.

O que a vida faz em nós, depende do que a vida encontra em nós; uma crise não faz uma pessoa; ela revela do que a pessoa é feita.

Vejamos as três crises , e suas lições e vitórias…

I. Crise Internacional – Is. 36:1-37:38; 2Rs. 18-19; 2Cr. 32

A invasão Assíria era parte do plano de Deus para a disciplina de Israel, para ensinar Seu povo a confiar plenamente n’Ele.

Antes, como já vimos em estudos anteriores, eles haviam posto confiança em tratados, em tesouros, no Egito etc.

O grande propósito de Deus na vida de fé é construir um bom caráter.

Ezequias e o povo necessitavam aprender que fé, é viver sem jeitinhos – mas, confiar em Deus, ouvir e viver segundo Seus conselhos.

Nesse contexto, do cerco de Jerusalém, Senaqueribe afronta a Deus – 37:4,17,23,24.

Rabsaqué, que significa comandante-em-chefe, adverte que os deuses das outras nações não haviam sido bem sucedidos em proteger ou dar-lhes vitória – 36:18-20 – para Rabsaqué, Jeová era como qualquer outro deus, e Senaqueribe, o rei, não precisava se preocupar com Ele.

O rei havia orientado para que ninguém respondesse as provocações de Rabsaqué. A melhor resposta para a insolência, era o silêncio, 36:21.

“Confiança” é a palavra chave, aparecendo 7 vezes, embora usada e questionada por Rabsaqué, 36:4-7,9,15.

“Em que está a vossa confiança?”, pergunta, Rabsaqué… E afirma: “Ezequias, não vos faça confiar no Senhor. Não lhe deis ouvidos”.

Isaías, e Ezequias, desafiam e encorajam o povo a confiar em Deus.

O livramento do povo de Jerusalém dependia não da negociação com o inimigo, mas confiança em Deus, 30:15.

Deus nos faz andar por fé, não por sinais, 2 Co.5:7.

Deus havia prometido livrar Seu povo das mãos dos Assírios, e eles deviam confiar, e crer nessa promessa.

Diante da situação de crise, há tristeza, humilhação, e arrependimento – 36:22; 37:1.

v. 4 – A crise era grande. Não havia forças para vencê-la; morte e ruína pareciam ser as perspectivas que restavam.

Ezequias e os oficiais se humilharam diante de Deus – 2 Cr. 7:14; 1Pe 5:6,7.

O rei ora, clamando a Deus. Entrou na casa do Senhor, para buscar a Sua face, 37:1,14.

Ezequias, ora – 37:15-20 – oração saturada com teologia bíblica – Na construção da nossa fé – a Palavra de Deus e a oração caminham juntas – Rm. 10:17.

Na sua oração, ele afirmou a fé no único Deus vivo e verdadeiro, e O adorou, colocando ênfase na majestade e grandeza de Deus. Apresenta Deus como:

  • “ Senhor dos Exércitos” – Sl. 46:7,11
  • “Criador de todas as coisas” – Sl. 96:5
  • Conhece o que se passa com a Sua criação – seus olhos e ouvidos estão atentos.
  • Somente Deus, deveria ser glorificado, 37:20; Sl. 46:10.

Deus responde – 37:21-35 – Prometendo:

  • Jerusalém, não cairá – 37:22,31-35 – Deus tinha uma aliança com a casa de Davi – 2 Sm.7; Lc.1:32,33; I Rs. 11:13,35.
  • Os assírios, partiriam, de volta para sua terra – 37:23-29 (O orgulho da Assíria, causando  sua derrota, 14:12-17 (PV.16:18) – O grande rei da Assíria morreria, 37:36-38, aconteceu em 681 A.C.
  • Os judeus, não morreriam de fome – 37:30; Sl.126:5,6

Assim, Ezequias é encorajado a não temer, diante da crise, e adversidade, 37:5-7.

Descanse na revelação de Deus. Ele dá coragem para resistir às exigências e ameaças de inimigos como Senaqueribe.

Lição: Viva por fé! A Palavra de Deus e oração caminham juntas na construção da fé.

II. A crise pessoal – doente e perto da morte – 38:1-22; 2 Rs. 20:1-11

v. 1 – doença…

v. 6 – antes da invasão…

O rei doente e morrendo. A Assíria, avançando. Que situação.

Recurso – oração, na privacidade, 38:2,3

A promessa de Deus – 38:4-8

Cura e libertação do exercito  Assírio, 2 Rs. 20:4.

Deus usa remédios – 38:21 – poderia curar de outra forma.

Ezequias na sua fraqueza pede um sinal a Deus.

Neste contexto de doença, Ezequias aprende grandes coisas:

  • Deus lhe deu uma nova apreciação da vida – 38:9-12; comunhão com Deus e os homens.
  • Deus lhe deu uma nova apreciação da oração – 38:13,13; para obter alívio, levanta os olhos para o alto, espera no Senhor. Ele dá descanso, e restabelece.
  • Teve oportunidade para examinar seu coração, confessar seus pecados e experimentar o perdão de Deus – 38:17;
  • Deus lhe deus uma nova oportunidade para apreciação de oportunidade para serviço – 38: 15-20; propósito: glorificar a Deus, vs.18,19 – louvar a Deus na integridade do seu ser, corpo e alma, Jo.9:4.

Havia uma nova humildade em seu andar – profundo amor pelo Senhor em seu coração, e uma nova canção de louvor em seus lábios.

Ele tinha uma nova determinação para louvar a Deus todos os dias de Sua vida, porque agora os dias eram muito importantes para ele – Sl 90:12.

Três anos depois, nasceu Manasses, (2 Rs. 21:1), seu filho, dando continuidade a dinastia… Começou mal sua dias, em idolatria, fazendo o que era mau perante o Senhor – arrependeu-se, foi perdoado por Deus e terminou sua dias servindo o Senhor – 2 Cr 33:11,20,21,22,23.

Lição: Reveja seus valores e prioridades. Veja como você quer terminar seus dias!

III. Uma crise espiritual – o orgulho diante dos enviados babilônicos – 39:1-8

Ezequias obteve sucesso sobre a Assíria, 2Cr.32:23. Prosperou, adoeceu e foi curado milagrosamente por Deus – seu coração se exaltou!

Humilhou-se, Deus perdoou, e abençoou. Prosperou, e sua fama se espalhou, 2 Cr.32:31.

Pouco depois do seu restabelecimento, Merodaque-Baladã, rei da Babilônia, enviou mensageiros com cartas e presentes! Quais eram os seus motivos? Ganhar um aliado contra a Assíria.

v. 2 – Ezequias se sentiu honrado, com a visita. O coração do rei se orgulhou… Mostrou toda a sua prosperidade, tesouro e poderio, tentando  impressionar.

Deus o repreendeu, anunciando que os seus descendentes e o tesouro iriam para a Babilônia – o que se concretizou nos dias de Daniel. A 2ª parte do livro de Isaías, a partir do capitulo 40, vai falar da libertação do exílio babilônico.

v. 8- Ele aceitou a vontade de Deus, e reconheceu a graciosa disposição de Deus para com ele, “… Pois pensava: haverá paz e segurança em seus dias”.

Ezequias não era o dono dos bens, mas era o administrador, 39:6.

Todos nós somos mordomos, não os donos, do que Deus nos dá. A questão é como administramos nossos bens, e de quem eles estão a serviço.

1 Co. 4:7; Jo 3:27.

Is 39:7 – anúncio do cativeiro na Babilônia.

Depois da reforma de Ezequias vem o declínio espiritual, em 538 A.C. a Babilônia destrói Jerusalém e leva o povo cativo.

Ezequias  pensava que ia escapar dos problemas  – 2 Cr. 32:26.

Permaneça humilde diante de Deus.

Mas se vier o orgulho, arrependa-se, confesse e abandone – 1 Jo 1:9; Sl 51:17.

Lição – Deus dá graça ao humilde, mas resiste ao soberbo.