Solução de Conflitos
Mensagem: Conflitos interpessoais gerenciados a luz da palavra de Deus – a Bíblia, sob o poder e direção do Espírito Santo, resultam em saúde física, emocional, mental e espiritual, e no desenvolvimento de relacionamentos construtivos e sadios.
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INTRODUÇÃO
1. Recordando
Na terceira mensagem desta série nós refletimos sobre “Felizes para sempre – sonho ou ilusão?”.
4ª. Mensagem – Solução de Conflitos
Os conflitos interpessoais fazem parte da natureza humana e nos acompanham durante toda a vida. Imaginar relacionamentos, vida a dois, família, igreja etc. sem conflitos interpessoais é atestar imaturidade. Por outro lado, deixar que eles destruam relacionamentos é atestar falta de sabedoria divina e irresponsabilidade!
Examinemos a luz da palavra de Deus – a Bíblia, “como gerenciar conflitos interpessoais.
Conflitos interpessoais gerenciados a luz da palavra de Deus – a Bíblia, sob o poder e direção do Espírito Santo, resultam em saúde física, emocional, mental e espiritual, e no desenvolvimento de relacionamentos construtivos e sadios.
I. A inevitabilidade dos conflitos interpessoais – Lc 17:1-12
Coisas que levam a tropeçar, v.1
“É inevitável que aconteçam coisas que levem o povo tropeçar…”, v.1
“Tropeço”, “escândalo” – tentações ao pecado (vs. 1,2); fazer tropeçar; ferir a consciência de; obstáculos a fé; empecilhos a vida espiritual; pecar, levar ao pecado…
Jesus está afirmando que é inevitável, moralmente falando, que não ocorram escândalos, tropeços, ofensas, conflito…
Jesus Cristo está afirmando isto levando em consideração a condição pecaminosa presente no ser humano, no mundo.
Em Mateus 15:18-20 Jesus disse: “Mas as coisas que saem da boca vêm do coração, e são estas que tornam o homem ‘impuro’. Pois do coração saem os maus pensamentos, os homicídios, os adultérios, as imoralidades sexuais, os roubos, os falsos testemunhos e as calúnias…”
Tg 4:1 “De onde vêm as guerras e contendas que há entre vocês? Não vêm das paixões que guerreiam dentro de vocês?
A realidade é que nós mesmos, do nosso próprio coração surgem guerras, conflitos, conflitos interpessoais…
Mesmo aquele que é nova criatura em Cristo Jesus não está imune ao pecado, as falhas, aos erros, há atitudes que ofendem a Deus e aos outros (1 Jo 1:8-2:2)… Por isso, imaginar relacionamentos, vida a dois, sem conflitos interpessoais é atestar imaturidade. Por outro lado, deixar que eles destruam relacionamentos é atestar falta de sabedoria divina e irresponsabilidade!
Advertência divina, vv. 1,2
“Aí” – O juízo sobre os que ofendem , v. 1,2
“Aí” – não terá um destino agradável; idéia de punição, de juízo divino…
“Pequeninos” – agrupamento mais amplo do que crianças; referência a todos aqueles que precisam de ajuda.
“Tomem cuidado”, v.3
Ser cuidadoso, vigilante…
Acautelai-vos primeiramente com a sua própria possibilidade de queda (1 Co 10:12).
Aquele que pela fé em Cristo Jesus como único e suficiente Salvador, é verdadeiramente filho de Deus e discípulo de Cristo, ele deve no Espírito se despir de tudo que ofende a Deus e ao próximo (Ef 4:29-5:2) – o que gera conflitos.
Mas diante da ofensa, dos conflitos interpessoais, como reagir? Qual a atitude bíblica, correta?
II. Princípios bíblicos para a correta gestão de conflitos interpessoais
Busque a confrontação humilde e sincera, 3:3
O ofendido deve confrontar – “repreenda-o”…
É uma repreensão diante do pecado, do princípio bíblico quebrado.
“Melhor é a repreensão feita abertamente do que o amor oculto. Quem fere por amor mostra lealdade, mas o inimigo multiplica beijos”, Pv 27:5,6
“Quem repreende o próximo obterá por fim mais favor do que aquele que só sabe bajular”, Pv 28:23
A repreensão deve ser em espírito de brandura… É como juntar um osso, um “vaso quebrado” – tem que haver firmeza com bastante gentileza, mansidão… Deve expressar misericórdia e graça divina…
“… Deverão restaurá-lo com mansidão”, Gl 6:1
“A resposta calma desvia a fúria, mas a palavra ríspida desperta a ira”, Pv 15:1
Aponte o fato (o pecado, a atitude, a ofensa) – expresse seu sentimento (raiva, tristeza, amargura etc.) – apresente uma solução (o caminho bíblico a seguir; como agir em outras oportunidades).
Há situações nas quais você deve envolver outros na busca de soluções, da restauração – Mt 18.15-18
O ofensor deve se arrepender – “se ele se arrepender”…
“Quem esconde os seus pecados não prospera, mas quem confessa e os abandona encontra misericórdia”, Pv 28:31.
Aquele que ofendeu, sem racionalizações e nem acusações, deve assumir sua culpa pessoal (isto dá dignidade humana), confessar seu pecado – ofensa, e pedir perdão; e, estar disposto a restituir, restaurar… (Zaqueu, Lc 19:1-10, “se eu roubei alguém, vou devolver quatro vezes mais”).
Perdoe, perdoe, perdoe…
“Aquele que cobre uma ofensa promove o amor, mas quem a lança em rosto separa bons amigos”, Pv 17:9
“Se ele se arrepender…” – enfatiza o pensamento, à vontade… Decisão consciente…
“Perdoa-lhe” – deixar, soltar, cancelar a dívida (Cl 2:13-15; Mt 18:21-35).
Perdão inclui o cancelamento do efeito do pecado cometido, a aceitação do pecador, o compromisso de não renovar a questão tratada e a restauração do relacionamento.
Perdão é o melhor “remédio” para cura interior, para feridas do coração… Coração amargurado como fruto da ausência do perdão, faz mal ao físico, a mente e ao espírito.
Atenção:
- a) perdoar não significa ausência de disciplina na família, na igreja… E, o pecado pode ter as suas consequências, deixar suas marcas, para o resto da vida (exemplo – o caos da pessoa que adquiriu AIDS como conseqüência da infidelidade conjugal)…
- b) o ofensor deve pedir perdão (como vimos acima)… Mas, a pessoa ofendida deve perdoar mesmo em situações nas quais o ofensor não se arrependa, não peça perdão… Jesus Cristo na cruz, Estevão ao ser apedrejado, e José no Egito tomaram a iniciativa de perdoar sem que os seus ofensores tenham se arrependido, ou antes de o terem feito…
- c) perdão não tem limite, 17:4 – “7 vezes ao dia” simboliza qualquer número grande…
- d) a capacitação para perdoar vem de Deus, 17:5,6 – “A fé genuína pode realizar aquilo que a experiência, a razão e a probabilidade humana negariam, se for exercitada dentro da vontade de Deus” (Miller).
- e) perdoar é um ato de vontade, de obediência a Deus, 17:7-10 – na melhor das hipóteses, fizemos apenas aquilo que deveríamos fazer!
Conclusão
Crie oportunidades para restauração e desenvolvimento dos relacionamentos.
Reconciliação é a remoção da inimizade, é a mudança de relações entre Deus e o ser humano, o ser humano e os seus semelhantes…
A ofensa traz inimizade, alienação…
Na reconciliação surge a paz, a restauração do relacionamento, Mt 5:23,24
Você precisa perdoar alguém? Precisa pedir perdão? Que iniciativa você vai tomar?
“… Sigamos as coisas da paz e também as da edificação uns para com os outros”, Rm 14:19.
“Se possível, quanto depender de vós, tende paz com todos os homens”, Rm 12:18. (Mt. 5:9)
Ocasionalmente existe o medo de que a ofensa se repita… Não se deixe levar pelo medo (1 Jo 4:18), e nem assuma uma atitude de auto-compaixão, de mártir.
Lembre-se que do nosso próprio coração surgem guerras, conflitos, conflitos interpessoais… Nós também geramos conflitos… Por vezes nós somos o problema, a causa do problema… E, temos que nos perdoar a nós mesmos!
“Por que você repara no cisco que está no olho do seu irmão, e não se dá conta da viga que está em seu próprio olho? Como você pode dizer ao seu irmão: ‘ Deixe-me tirar o cisco do seu olho’, quando há uma viga no seu? Hipócrita, tire primeiro a viga do seu olho, e então você verá claramente para tirar o cisco do olho do seu irmão”, Mt 7:3-5
“Assim, em tudo, façam aos outros o que vocês querem que eles lhes façam; pois esta é a Lei e os Profetas”, Mt 7:12
Conflitos interpessoais gerenciados a luz da palavra de Deus – a Bíblia, sob o poder e direção do Espírito Santo, resultam em saúde física, emocional, mental e espiritual, e no desenvolvimento de relacionamentos construtivos e sadios.
Próxima mensagem (5a.): “Vida Sexual sob a benção divina”, Maio, 27, 10hs e 19hs