Igreja Nova Aliança

View Original

Pecado, sofrimento e sabedoria

Mensagem: A sabedoria divina é imprescindível para termos a perspectiva e a atitude correta diante da realidade do pecado e do sofrimento humano.

I.    INTRODUÇÃO
Recordando
Na 6ª. Mensagem – “QUEM SABE O QUE É BOM PARA O SER HUMANO?”, Eclesiastes 5.8-6.12,  nós vimos que “O Deus, Infinito e Pessoal, conhece e compreende e revela (sob a ação do Espírito Santo e por meio de Jesus Cristo e da palavra), ao ser humano o que é bom, e concede-lhe satisfação no presente e esperança futura”.

Hoje veremos que “a sabedoria divina é imprescindível para termos a perspectiva e a atitude correta diante da realidade do pecado e do sofrimento humano”.

II.    Pecado, sofrimento humano e sabedoria divina, Ec 7:1- 8:1

1. A pecaminosidade do ser humano, 7:20, 25-29.
Ec 7.20 “Pois não há homem justo sobre a terra, que faça o bem, e nunca peque” (cf. Romanos 3:23).
Ec 7.29  “Eis que isto tão-somente achei: que Deus fez o homem reto, mas os homens buscaram muitos artifícios”.

Salomão está refletindo sobre o caráter do ser humano, e chega à algumas conclusões:
a) Um tipo de mulher em particular,  7.26 – “… a mulher cujo coração são laços e redes, e cujas mãos são grilhões…”
“Ela é mais amarga do que a morte, sua personalidade (coração) é dominada pelos instintos do caçador (rede e laços) e é dotada de grande força de retenção (cujas mãos são grilhões)” (Michael Eaton).
O pecador, o homem sem temor a Deus, cai nas mãos e se torna escravo deste tipo de mulher.

b) Homens e Mulheres são carentes de sabedoria, 7.27-29:
A sabedoria é rara nos homens e mais rara ainda entre as mulheres, 7.28; a declaração aqui é histórica, reflete uma realidade na qual Salomão vivia… Já o versículo 29 reflete uma realidade geral.
A ênfase está naquilo que ele verificou estar faltando para a raça humana – sabedoria divina.

A culpa pela falta de sabedoria é atribuída apropria humanidade.
O ser humano foi criado sem pecado – “Reto”, coração disposto à fidelidade e à obediência, mas o pecado “entrou” em seu coração o tornou tolo, insensato diante de Deus, Gênesis 3:1-7Romanos 5:12.

19 Porque está escrito: Destruirei a sabedoria dos sábios, E aniquilarei a inteligência dos inteligentes.20 Onde está o sábio? Onde está o escriba? Onde está o inquiridor deste século? Porventura não tornou Deus louca a sabedoria deste mundo? 21 Visto como na sabedoria de Deus o mundo não conheceu a Deus pela sua sabedoria, aprouve a Deus salvar os crentes pela loucura da pregação.

1 Coríntios 1:19-21

O pecado humano é:
* Perverso – malícias / invenções para fazer o mal;
* Deliberado – “Ele se meteu”, positivo e persistente;
* Universal – “ele, o homem”, 7.20 – engloba tanto os pecados de omissão (Não faz o bem que deve fazer), como de transgressão (desobediência);
* Multiforme – muitas astúcias – variedades de manifestações do pecado. Romanos 1:24-32.

22 Mas agora, libertados do pecado, e feitos servos de Deus, tendes o vosso fruto para santificação, e por fim a vida eterna. 23 Porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna, por Cristo Jesus nosso Senhor.

Romanos 6:22-23

2. Sofrimento e Aprendizagem – 7:1-6
Aprendendo perspectivas corretas sobre:

a.    Valores…
Ec 7:1 “Melhor é o bom nome do que o melhor ungüento, e o dia da morte do que o dia do nascimento”.

Puro realismo, v. 1 – o caráter interior é mais importante do que um bom perfume, a fragrância exterior; um funeral, também é mais importante do que uma festa, pois levanta questões a respeito da vida.

b.    Brevidade da vida…
v. 2 – A morte nos leva a pensar na vida. Cada funeral de outra pessoa antecipa o nosso.

Esta reflexão pode significar que a vida interior pode ser “colocada em melhor situação” – “faz melhor o coração” a fim de se ter uma abordagem “correta” da vida – v. 3
v. 4 – “Coração”  (mundo interior / pensamentos, cf Provérbios 4:23) – é, entre outras coisas:
* o centro da atenção de um homem, Êxodo 7:23
* dos pensamentos, Deuteronômio 7:17
* da compreensão, 1 Reis 3:9
* da memória, Deuteronômio 4:9

O sábio reflete com seriedade e interesse as respeito da vida e morte, o insensato não está nem ai…

O insensato (vv. 5,6) é superficial… Ele faz da vida um engano, uma futilidade, vivendo uma falsa alegria que logo passará.

Na dinâmica da vida o sábio considera os perigos, v. 7: a opressão – faz endoidecer; o suborno – corrompe.

c.    Provações…
v. 8 – as provações têm um propósito, e têm um fim
Assim deve-se enfrentar a provação olhando para os bons resultados – “melhor é o fim das coisas…”, e enfrentar com coragem e paciência.
Antítese – “paciente” – “arrogante”. A paciência  é característica da humildade; a impaciência é uma irritação orgulhosa contra Deus.

v.9 – Ira – por causa da perseguição injusta, sofrimento.
A ira abrigada no íntimo produz amargura, perturbação, contamina muitos (cf. Hebreus 12:15).

v. 10 – cada época tem suas dificuldades e oportunidade  peculiares. Lamentar-se especificamente pelos dias passados é erro e tolice – tais coisas nos tornam indolentes hoje, e nos roubam a alegria do amanhã. Não se podem resolver as dificuldades de uma época anelando ardentemente por outra época.

3 Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai das misericórdias e o Deus de toda a consolação; 4 Que nos consola em toda a nossa tribulação, para que também possamos consolar os que estiverem em alguma tribulação, com a consolação com que nós mesmos somos consolados por Deus.

2 Coríntios 1:3-4

3. A necessidade da Sabedoria – 7:11-12
Para termos uma perspectiva correta sobre valores, brevidade da vida, provações etc., nós precisamos da sabedoria divina…

a.  A sabedoria é comparada a uma herança: 7.11
* Vem de Deus – Provérbios 2:4-8;
* Deve ser grandemente desejada;
* Deve ser a possessão do povo de Deus.

b. A sabedoria dá qualidade de vida, 7.12
Deus é soberano, 7.13, não podemos mudar a estrutura básica das coisas – Deus está no comando.
Na vida – 7.14 – a prosperidade conduz à alegria; a adversidade chama atenção para a realidade da vida.
Na vida há perigos – 7.15-18.
* v. 15 – Há justo que sofre;
* v. 16 – Perigo do legalismo.
O justo evita a auto-retidão, a avaliação exagerada sobre si mesmo.
*v. 17 – perigo da licenciosidade.
O justo evita o domínio do pecado em sua vida.
Justo – motivado pelo temor de Deus sai ileso desses extremos.
“temor” – principio da sabedoria, Provérbios 1:17;Provérbios 9:10

Se você quiser manter a distância correta entre o legalismo moral e a indiferença moral – duas exigências têm de ser atendidas:
* uma atitude genérica – temor a Deus;
* uma aplicação em minúcia – sabedoria

A sabedoria, aliada ao temor do Senhor, poderá ser maior do que a sabedoria coletiva de um grupo de líder experientes. Precisa-se mais de poder intenso do  que de aconselhamento externo” (Michael A. Eaton)

7. 24 – o que está além da compreensão é tudo quanto existe, que está sob o controle e decretos de Deus.
Ninguém, por si só, pode entender os planos e os propósitos de Deus.
8:1 – quem realmente é sábio?

5 E, se algum de vós tem falta de sabedoria, peça-a a Deus, que a todos dá liberalmente, e o não lança em rosto, e ser-lhe-á dada. 6 Peça-a, porém, com fé, em nada duvidando; porque o que duvida é semelhante à onda do mar, que é levada pelo vento, e lançada de uma para outra parte.

Tiago 1:5-6

Vista dentro do contexto apela para a sabedoria, em relação ao sofrimento…

III.    CONCLUSÃO
Em Cristo, na vida cheia do Espírito Santo, há vitória sobre o pecado, consolo nas tribulações e sabedoria para o viver bem sucedido.

A sabedoria divina é imprescindível para termos a perspectiva e a atitude correta diante da realidade do pecado e do sofrimento humano.