Igreja Nova Aliança

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Deus é injusto?

Mensagens Bíblicas
"Vivendo pela fé”
Série em Romanos
21a. Mensagem
Pr. Domingos M. Alves
28/02/16

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Romanos 9.14-18

 

Mensagem: Deus não é injusto, pois a justiça de Deus é essencialmente sua lealdade inabalável ao seu próprio nome e sua própria glória (adaptado de Piper).

Introdução

1. Recordando

No domingo, 07/02/16 refletimos sobre “Deus fracassou?”, Rm 9.1-13, 20ª. Mensagem desta série em Romanos.

Vimos que “o plano de Deus para suprir as necessidades morais do homem por meio do Evangelho não é frustrado pela resposta negativa de Israel à oferta divina de justiça por meio da fé e por seu temporário alijamento como resultado disso (Carlos O. Pinto, Foco & Desenvolvimento no Novo Testamento, 2a. Edição Revisada e Atualizada, Ed. Hagnos, p. 245).

O argumento divino para provar que a palavra de Deus não falhou:

Nem todos os de Israel são israelitas, nem todos os descendentes naturais de Abraão são herdeiros da promessa.

A escolha de Deus é baseada na sua soberania e misericórdia e não no mérito humano.

“A rejeição de Israel não anulou a eleição de Deus; apenas, provou que ele é fiel ao seu caráter e a seus propósitos” (Wiersbe).

 

2. Hoje (28/02/14) – “Deus é injusto?”, Rm 9.14-18, 21ª. Mensagem.

“14 Que diremos, pois? Há injustiça da parte de Deus?...” ·.

Deus parece ser injusto pelo fato de ter escolhido Jacó e rejeitado Esaú – “13 Como está escrito: Amei Jacó, porém me aborreci de Esaú”.

“14 Que diremos, pois? Há injustiça da parte de Deus? De modo nenhum” ·.

“Longe de ti o fazeres tal coisa, matares o justo com o ímpio, como se o justo fosse igual ao ímpio; longe de ti. Não fará justiça o juiz de toda a terra?”, Gn 18.25.

Não há injustiça da parte de Deus, pois “a eleição é sempre uma questão da mais absoluta graça” (Wiersbe).

A rejeição de Deus não é contraditória com a justiça porque é equilibrada por sua misericórdia e paciência soberana (adaptado de C.O. Pinto).

A justiça de Deus é essencialmente sua lealdade inabalável ao seu próprio nome e sua própria glória. Deus é justo na medida em que ele defende e mostra a glória do seu nome. Ele é justo quando ele valoriza mais o que é mais valioso, e que é mais valioso é a sua própria glória. Pelo que a justiça de Deus, sua justiça, consiste fundamentalmente em fazer o que é consistente com a estima e a demonstração de seu nome, a sua glória. Deus seria injusto se ele não defender e mostrar a sua glória como infinitamente valiosa (Pipper, 2003).

Analisemos dois aspectos da justiça de Deus, demonstrada na sua ação em conformidade com o seu nome e propósito.

I. Deus na sua soberania tem misericórdia e compaixão de quem ele quer

“15 Pois ele diz a Moisés: Terei misericórdia de quem me aprouver ter misericórdia e compadecer-me-ei de quem me aprouver ter compaixão”.

Paulo está citando, quando Moisés rogou a Deus que lhe mostrasse a sua glória (Êx 33.18). Deus respondeu: “Farei passar toda a minha bondade diante de ti e te proclamarei o nome do Senhor; terei misericórdia e me compadecerei de quem eu me compadecer” (Êx 33.19).

A glória de Deus está associada ao seu Nome (natureza / caráter), e a sua soberana e livre vontade de agir como ele quer e para quem ele quer.

Por que Deus escolheu Isaque e não Ismael (11.7)? Por que Deus amou Jacó e se aborreceu de Esaú? Quando Deus amou Jacó e se aborreceu de Esaú: “... ainda não eram os gêmeos nascidos, nem tinham praticado o bem ou o mal”, 9.11.

“14... Há injustiça da parte de Deus? De modo nenhum”.

Portanto, a resposta à nossa primeira pergunta é que a objeção no versículo 14 vem do ensino de Paulo acerca da eleição incondicional - que Deus graciosamente escolhe quem ele salva antes de nascer, ou antes, de ter feito algo de bom ou mau. Nossa eleição para a vida eterna não é baseada no que nós escolhemos ou o que fazemos. Baseia-se exclusivamente em Deus. Qual pessoa escolhe para confiar em Cristo e ser salvo, e qual opta por rejeitar a Cristo e estar perdido, esta é uma escolha final de Deus (John Pipper, The Freedom and Justice of God in Unconditional Election, 2003).

 

“Veja Êxodo 33:19. Se Deus não fosse livre para demonstrar Sua misericórdia, ninguém seria abençoado, pois ninguém merece Sua Graça, e ela não pode ser

conquistada pelo esforço humano.” (Ary Velloso, citando comentário da A Bíblia Anotada - Editora Mundo Cristão).

 

Todos nós somos pecadores e merecemos a justiça divina, isto é a condenação; se Deus fosse tratar a todos nós com justiça, Ele teria que condenar todos nós! Mas...; na Sua graça incompreensível, Deus quis salvar aqueles a quem Ele, na Sua soberania, escolheu antes da fundação do mundo (veja Efésios 1:4) – (Ary Velloso).

 

“16 Assim, pois, não depende de quem quer ou quem corre, mas de usar Deus a sua misericórdia” (ARA) – cf. Êx 33.19.

“16... não depende de quem quer...” – escolha humana, Jo 1.12,13.

“16... ou quem corre...” – méritos humanos, 11.6; Ef 2.9; 1 Co 1.26-29.

“A fim de que ninguém se vanglorie na presença de Deus”, 1 Co 1.29.

 

Desafio (adaptado de Piper):

a) Ninguém é tão ruim que não possa ser salvo por Deus, Rm 10.12,13..

b) Em todo o processo da salvação – passado e presente e futuro, dê glória a Deus, Rm 11.36.

 

II. Deus na sua soberania age segundo os seus propósitos eternos.

“17 Porque a Escritura diz a Faraó: Para isto mesmo te levantei, para mostrar em ti o meu poder e para que o meu nome seja anunciado por toda a terra” (ARA) (cf. Êx 9.16).

“18 Logo, tem ele misericórdia de quem quer e também endurece a quem lhe apraz” (ARA) – cf. 11.8, 25, 32.

Não foi pela sua onisciência, sabendo de antemão que o coração de Faraó seria duro, que Deus levantou Faraó... Mas, foi por Sua soberana vontade que Deus endureceu o coração de Faraó.

“Isto não quer dizer que Deus, efetivamente, criou a incredulidade ou algum outro mal no coração de Faraó (Tg 1.13); em vez disso, ele retirou todas as influências que atuavam, originalmente, como uma repressão ao pecado e permitiu que o iníquio coração de Faraó seguisse seus pecados sem impedimento” (cf. 1.24, 26, 28) (MacArthur).

Mais adiante, em Romanos, veremos de que o fato dos feitos de Faraó, ou o endurecimento de Israel estavam nos planos de Deus, e até “... mesmo previsto nas Escrituras, de forma alguma livra os homens que fizeram estas coisas da culpa e punição por elas” (Culver, p. 199).

O propósito de Deus por meio de Faraó:

“17 para mostrar em ti o meu poder...” – Êx 14.17,18; Jo 9.3.

“17... para que o meu nome seja anunciado por toda a terra” – Is 37.20; Jo 17.26.

A justiça de Deus é essencialmente sua lealdade inabalável ao seu próprio nome e sua própria glória. Deus é justo na medida em que ele defende e mostra a glória do seu nome. Ele é justo quando ele valoriza mais o que é mais valioso, e que é mais valioso é a sua própria glória. Pelo que a justiça de Deus, sua justiça, consiste fundamentalmente em fazer o que é consistente com a estima ea demonstração de seu nome, a sua glória. Deus seria injusto se ele não defender e mostrar a sua glória como infinitamente valiosa (Pipper, 2003).

Desafio:

Vivermos encorajados pela convicção de que Deus faz todas as coisas segundo seu propósito e para Sua glória (Ef 1.11,12; Rm 8.28). E, isto nos dá a segurança em Deus que não age para vergonha do Seu próprio Nome.

“... Nada é mais encorajador para os cristãos, em um mundo perigoso, no qual a esperança terrena certamente se esgotará, que a certeza de que a vontade determinada de Deus está sendo feita” (Culver, p. 181).

 

Conclusão

Deus não é injusto, pois a justiça de Deus é essencialmente sua lealdade inabalável ao seu próprio nome e sua própria glória (adaptado de Piper).

 

Relembrando os desafios:

a) Ninguém é tão ruim que não possa ser salvo por Deus.

b) Em todo o processo da salvação dê glória a Deus.

c) Vivamos encorajados pela convicção de que Deus faz todas as coisas segundo o seu propósito e para Sua glória.

Lembre-se:

A sua responsabilidade, debaixo da graça e capacitação divina é a de perseverante, e confiantemente aplicar os princípios e as verdades divinas que tens ouvido (Fp. 2.12,13; 1 Tm.

4.7-9; Tg. 1.22-27). Ao meditar nesta mensagem, pergunte-se:

* O que Deus quer transformar no meu modo de pensar e agir?

* Como eu posso colocar isso em prática na minha vida?

* Qual o primeiro passo que darei nessa direção (para que haja real transformação em minha vida)?

 

Conheça... Creia... Aproprie-se... E, pratique a verdade divina para que experimentes a vida plena que há em Jesus Cristo (João 10.10).

 

 

 

 

 

Pr. Domingos M. Alves domingos.a@novaalianca.com

www.novaalianca.com

Ribeirão Preto - SP

Fevereiro de 2016