O cristão e o as autoridades humanas

Mensagens Bíblicas
"Vivendo pela fé”
Série em Romanos
28a. Mensagem
Pr Domingos M. Alves
28/08/16

 

Rm 13.1-8

Mensagem: O verdadeiro cristão, no relacionamento com as autoridades humanas, reflete o viver piedoso que agrada e glorifica a Deus.

 

Introdução  

            1. Recordando

            27ª. Mensagem (foi pregada durante três domingos) - Comprometidos com o amar de verdade, Rm 12.9-21; 13.8-14.   Mensagem: Os verdadeiros discípulos de Jesus Cristo, movidos e capacitados pela obra misericordiosa de Deus neles e por meio deles, são totalmente comprometidos com o amar de verdade.

 

2. Hoje (28/08/16) -  O cristão e o relacionamento com o Estado, Rm 13.1-8

            Na mensagem de hoje abordaremos questões sobre o relacionamento do cristão e o Estado, as autoridades civis...

            Os cristãos no primeiro século estavam sob o domínio do governo romano, das leis imperiais... Nesse relacionamento entre o cristão e o governo, havia e há questões, como por exemplo o que é licito e ou quais são os limites de“dar a César o que é de César”, sem conflitar com o dar“a Deus o que é de Deus” (Mc 12.17)?

           

            Nesse relacionamento do cristão com as autoridades humanas, podem surgir ainda as seguintes questões: “que fazer se as autoridades forem perversas? Que fazer se César pretender não só o que lhe pertence, mas também o que é de Deus?” (Bruce, p. 189)

            À luz de Rm 13.1-7 reflitamos sobre como deve ser o relacionamento do cristão com as autoridades humanas, relacionamento esse que reflete o viver piedoso.

 

I. O que Rm 13.1-7 não propõe no relacionamento entreo cristão e a as autoridades humanas?

            1. Comparar duas autoridades - Deus versus governo humano

            Deus é Soberano, Santo, Eterno... Seu Reino é justo, é de verdades atemporais e universais...

            O governo humano é transitório, imperfeito... Seu reino é deste mundo, um mundo injusto, e suas “verdades” são temporais e relativas...

            Sl 47.8; Dn 4.34,35; Jo 19.11a.

            2. Fazer diferença entre duasesferas

            Não fazer diferença entre uma esfera divina (sacra) e outra secular (profana).

            O verdadeiro discípulo de Jesus Cristo tem a visão e o comprometimento de viver segundo a ética do Reino de Deus, em todas as áreas e circunstâncias da sua vida.

            Seja em que área for o verdadeiro cristão com “sal” e “luz” vive para glória de Deus.

            O verdadeiro cristão é sempre cristão – no Estado, na família, na Igreja, na empresa, na escola, no mundo....

            O cristão tem e vive papéis diferentes - no Estado, na família, na Igreja, na empresa, na escola, no mundo... – mas sempre com amesma vida piedosa, que testemunha e glorifica a Jesus Cristo.

            Mt 5.13-16; 1 Co 10.31.      

II. Origem e papel do Estado - segundo de Deus, Rm 13.1-4

            1 Todo homem esteja sujeito às autoridades superiores; porque não há autoridade que não proceda de Deus; e as autoridades que existem foram por ele instituídas.

           2 De modo que aquele que se opõe à autoridade resiste à ordenação de Deus; e os que resistem trarão sobre si mesmos condenação.

            3 Porque os magistrados não são para temor, quando se faz o bem, e sim quando se faz o mal. Queres tu não temer a autoridade? Faze o bem e terás louvor dela,

            4 visto que a autoridade é ministro (diáconos – servo, presta serviço, agente ... Gl 2.17) de Deus para teu bem. Entretanto, se fizeres o mal, teme; porque não é sem motivo que ela traz a espada; pois é ministro de Deus, vingador, para castigar o que pratica o mal.

 

           A autoridade humana é instituída, é agente de Deus, vs. 4, 6.

           “Dai a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus” (Mc 12.17) - "Jesus Cristo considera legítima a autoridade humana. É legítima, mas não absoluta. Ela vem de Deus, mas não é Deus" (Piper, John. O que Jesus espera dos seus discípulos - mandamentos de Jesus ao mundo. São Paulo: Ed. Vida, 2008; p.362).

 

            Estado / autoridades humanas – a relação: autoridade, poder (poder legislativo, executivo...), força...

            O Governo humano tem de Deus a missão de recompensar o bem, punir o mal...

            Não deve haver arbitrariedades, favores injustos...

            Devemos obedecer sabendo que ao nos sujeitarmos as autoridades humanas estamos nos sujeitando a Deus

            Mas, a obediência ao governo humano não deve ser irrestrita.. A obediência está limitada pela obediência primeiramente a Deus.

            Nem tudo que é legal para o governo humano, é ética e moralmente legal diante da palavra, da lei e justiça do Reino de Deus. Exemplo – aborto indiscriminado...

            Nem tudo que é ilegal para o governo humano é ética e moralmente ilegal diante da palavra, da lei e justiça do Reino de Deus. Exemplo – padrões da disciplina (não me refiro a violência, agressão) e educação dos filhos...         

            Desafio:

            Não devemos divinizar o governo humano – “Estadolatria”; nem demoniza-lo. Mas, com respeito crítico, reconhecer que as autoridades humanas são instituídas, dadas por Deus. Com consciência cidadã zelarmos pelos nossos direitos e deveres constitucionais.

 

III. Nosso dever para com o governo humano / Estado, 13.5-7

           1 Todo homem esteja sujeito às autoridades superiores; porque não há autoridade que não proceda de Deus; e as autoridades que existem foram por ele instituídas.

           6 Por esse motivo, também pagais tributos (phoros – taxa, .. Lc 20.22; 23.2), porque são ministros de Deus, atendendo, constantemente, a este serviço.

            7 Pagai a todos o que lhes é devido: a quem tributo, tributo; a quem imposto (telos – deveres alfandegários, impostos indiretos, ... Mt 17.25), imposto; a quem respeito (phobos, medo... ) respeito; a quem honra (timē - valor, ter em alto degrau de estima), honra.

 

            Cumprir as leis; pagar os impostos; orar; pelas vias legais, denunciar as injustiças, arbitrariedades...

           

            O que fazer quando não concordamos com ações tiranas, injustas etc., por parte do Estado, das autoridades humanas?

            Algumas ações possíveis, sem violar a lei de Deus:

            - Resistência pacífica (e, assumindo as consequências): exemplo – Parteiras do Egito (escondendo Moisés, e outras crianças); Daniel, na Babilônia (Dn); Pedro e João em Atos; Martin Luter King (US);

            - Fuga: exemplo, José e Maria (NT); hoje, refugiados sírios (entre eles, muitos irmãos nossos na fé em Cristo)...

           - O uso legítimo da força: exemplo – Rei Davi; soldados e políciais ao serviço e defesa da pátria e ou da liberdade e dignidade humana.

 

            Todas as formas de submissão as autoridades humanas "são garantidas, limitadas e moldadas por essa submissão suprema a Jesus, o Rei dos reis" (Piper, p. 363).

            Desafio:

            Com consciência cidadã zelarmos pelos nossos direitos e deveres constitucionais.

 

Conclusão

            O cristão piedoso por vezes, por parte das autoridades humanas, ele sofrerá injustamente...

            “Vós, servos, sujeitai-vos com todo o temor ao senhor, não somente ao bom e humano, mas também ao mau; porque é coisa agradável que alguém, por causa da consciência para com Deus, sofra agravos, padecendo injustamente. Porque que glória será essa, se, pecando, sois esbofeteados e sofreis? Mas, se fazendo o bem, sois afligidos e o sofreis, isso é agradável a Deus. Porque para isto sois chamados, pois também Cristo padeceu por nós, deixando-nos o exemplo, para que sigais as suas pisadas, o qual não cometeu pecado, nem na sua boca se achou engano, o qual, quando o injuriavam, não injuriava e, quando padecia, não ameaçava, mas entregava-se àquele que julga justamente,” 1Pe 2:18-23 ARC (Cf. 1 Pe 3.13-18).

          

             O verdadeiro cristão, no relacionamento com o governo humano, reflete o viver piedoso que agrada e glorifica a Deus.

          

Lembre-se:

A sua responsabilidade, debaixo da graça e capacitação divina é a de perseverante, e confiantemente aplicar os princípios e as verdades divinas que tens ouvido (Fp. 2.12,13; 1 Tm. 4.7-9; Tg. 1.22-27). Ao meditar nesta mensagem, pergunte-se:

* O queDeus quer transformar no meu modo de pensar e agir?

* Como eu posso colocar isso em prática na minha vida?

* Qual o primeiro passo que darei nessa direção (para que haja real transformação em minha vida)?

 

Conheça... Creia... Aproprie-se... E, pratique a verdade divina para que experimentes a vida plena que há em Jesus Cristo (João 10.10).

 

Pr. Domingos M. Alves

domingos.a@novaalianca.com

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Ribeirão Preto - SP

Agosto de 2016