Igreja Nova Aliança

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Orando segundo Jesus Cristo

Mensagens Bíblicas
Pr. Domingos M. Alves
12.02.2017

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Lucas 11.1-8

Mensagem: Jesus Cristo nos ensina que a oração, fruto da comunhão com o Pai, deve ser com súplica perseverante e humilde e com a convicção de que Ele concede boas dádivas aos seus filhos.

Na vida do Reino de Deus a oração é de fundamental importância para crescermos no conhecimento e na comunhão com Deus, e para que dependentes do Seu poder e graça vivamos para o Seu inteiro agrado e glória, e pleno contentamento Nele.

 

Introdução

            Na mensagem de domingo passado, refletimos sobre "O dever de orar", Lc 18.1-8. A parábola da viúva diante do juiz iníquo nos ensina sobre a importância da oração perseverante, sem desanimar, semdesistir.

            Vimos que perseverar em oração é uma expressão de fé em Deus.

            Perseverar demonstra fé, confiança em Deus – “... Contudo, quando o Filho do homem vier, encontrará fé na terra?”

Ore com fé e perseverança sabendo que Deus responderá, e sua resposta poderá ser “sim” ou “não”. Seja qual for, será o melhor para nós como demonstração do Seu grande amor e poder.

Ele poderá dizer “sim”, como no caso de Jabez que pediu a Deus: “Ah, abençoa-me e aumente as minhas terras! Que a tua mão esteja comigo, guardando-me de males e livrando-me de dores”. E Deus atendeu ao seu pedido”, 1 Cr 4.9,10.

Deus também poderá dizer “não”, como no caso de Paulo- “Para impedir que eu me exaltasse por causa da grandeza dessas revelações, foi-me dado um espinho na carne, um mensageiro de Satanás, para me atormentar. Três vezes roguei ao Senhor que o tirasse de mim. Mas ele me disse: “Minha graça é suficiente para você, pois o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza...””, 2 Co 12.7-9.

No Evangelho de Lucas, diversas vezes encontramos citações a ‘oração’, e de modo especial a Jesus orando –  3.21; 5.16; 6.12; 9.18,28,29;10.21,22; 11.1; 22.41ss; 23.46.

No Evangelho de Lucas encontramos outras duas parábolas que falam sobre oração e que nos ensinam a orar segundo Jesus Cristo.

Na época de Jesus, líderes ensinavam os seus discípulos a orar... - “Certo dia Jesus estava orando em determinado lugar... Um dos seus discípulos lhe disse: “Senhor, ensina-nos a orar, como João ensinou aos discípulos dele”, Lc 11.1.

Tal pedido revelava:

-         O desafio proveniente da vida de Jesus e seu hábito de orar, Mc 1.35;

-         A humildade dos discípulos ao reconhecerem que precisavam aprender a orar.

Diante do pedido Jesus respondeu: “Quando vocês orarem, digam: “Pai! Santificado, seja o teu nome, venha o teu reino...”

 

A oração padrão de Jesus nos ensina que:

(a)              Orar é entrar na presença de Deus Pai e falar com Ele,  numa atitude de reverência e sujeição a Sua vontade.

 'Abba’ - modo como uma criança se dirigia ao seu pai humano... Nos tornamos filhos de Deus ao crer em Jesus Cristo... Jo 1.12;

(b)              Aquele que ora deve reconhecer que Deus deve ser reverenciado (santificado), e que Ele tem autoridade e poder, e é misericordioso (perdoa).

(c)              Aquele que ora deve ter a confiança de que Deus diariamente supre as necessidades dos seus filhos, e dEle deve depender para a vitória nas fraquezas e na luta contra o pecado.

Após esta oração modelo, Jesus contou a parábola do amigo importuno, 11.5-8... E, em 18.9-14, Ele contou a parábola do fariseu e do publicano tendo em vista “alguns que confiavam em sua própria justiça e desprezavam os outros” (9).

Estas duas parábolas nos ensinam as seguintes verdades sobre a vida de oração:

 

I. É importante e necessário pedir (orar), Lc 11.1-13

Assim como o amigo foi até o outro pedir e teve seu pedido atendido, também devemos buscar a Deus em oração

Lc 11.9:

(a) Peçam e lhes será dado...

(b) Busquem e encontrarão...

(c) Batam e encontrarão...

Tiago nos alerta de que Deus não atende a nossa oração, quando pedimos mal -  “... pedir por motivos errados, para gastar em seus prazeres”, 4.3. 

João escreveu “... se pedirmos alguma coisa de acordo com a vontade de Deus, ele nos ouvirá. E se sabemos que ele nos ouve em tudo o que pedimos, sabemos que temos o que dele pedimos”, 1 Jo 5.14,15. João condiciona o pedir segundo a vontade de Deus para sermos ouvidos e atendidos.

Jesus Cristo nos ensinou a pedir em Seu Nome – “O que vocês pedirem em meu nome, eu farei”, Jo 14.14; 15.16; 16.24. Não há nenhum versículo na Bíblia que faça qualquer menção a orar em nome de Maria ou de qualquer outra pessoa. Temos que orar em Nome de Jesus Cristo. ‘Nome’ refere-se a totalidade do caráter de Cristo, e a suficiência de sua Pessoa e Obra (morte pelos pecados e ressurreição dentre os mortos) na mediação perante Deus Pai.

Tendo em vista a necessidade de pedir bem, segundo a vontade de Deus e em Nome de Jesus Cristo, o ensino de Jesus é: peçam, busquem e batam.

            Jesus Cristo nos ensina que a oração, fruto da comunhão com o Pai, deve ser com súplica perseverante e humilde e com a convicção de que Ele concede boas dádivas aos seus filhos.

 

Desafio: "peça, busque e bata" até Deus responder "sim" ou "não".

 

II. A oração deve proceder de um coração humilde, Lc 18.9-14

A parábola do fariseu (homem religioso) e do publicano (cobrador de impostos, e visto como ‘pecador’ pelos fariseus e judeus), foi citada por Jesus por causa de “alguns que confiavam em sua própria justiça e desprezavam os outros” (9).

O fariseu com uma atitude de soberba e de autoconfiança disse que não vivia roubando, adulterando e nem corrompendo, como os demais homens... E,  que jejuava duas vezes por semana e dava o dízimo de tudo o que ganhava, 18.10-12.

O que ele fazia não estava errado... Ele, inclusive,  fazia mais do que a lei exigia. No entanto, seu pecadoestava em confiar em si mesmo - seus méritos e obras pessoais, e em abrigar orgulho no coração levando-o a uma atitude de superioridade e de desprezo para com os outros.

Não havia nele humildade, consciência do pecado e da sua necessidade de Deus. E, isto o tornava condenado e rejeitado na presença de Deus “pois quem se exalta será humilhado...”, 18.14.

A semelhança do fariseu quantas vezes não corremos o perigo de achar que Deus vai responder as nossas orações porque somos mais justos que os outros e/ou por causa das coisas que fazemos no contexto religioso. Puro engano e tolice!

Mas, o publicano teve uma atitude oposta a do fariseu. Ele agiu com humildade, não tendo coragem de erguer os olhos para os céus. Manifestou tristeza ao bater no peito, e seu único pedido era “Deus tem misericórdia de mim, que sou pecador”, 18.13. Ele suplicou ‘hilaskomai’, significando que Deus removesse a sua ira, fosse gracioso... Ele reconheceu-se pecador, digno da ira de Deus e clama pela misericórdia e o perdão divino.

Com resultadoda sua atitude humilde a sua oração foi ouvida e achou o perdão divino, “.... foi para casa justificado diante de Deus... Pois quem se humilha será exaltado”, 18.14.

É como a mesma atitude do publicano que devemos entrar na presença de Deus.

O apóstolo Pedro escreveu: “... “Deus se opõe aos orgulhosos, mas concede graças aos humildes”. Portanto, humilhem-se debaixo da poderosa mão de Deus, para que ele os exalte no tempo devido. Lancem sobre ele toda a sua ansiedade, porque ele tem cuidado de vocês”, 1 Pe 5.5-7.

A oração de Daniel nos revela esse exemplo de humildade quando ele diz: “... Não te fazemos pedidos por sermos justos, mas por causa da tua grande misericórdia...”, 9.18.

Será que não temos tido respostas as nossas orações, por que temos orado confiados na nossa justiça, nos nossos méritos, ou por que nos achamos mais dignos e merecedores do que os outros? Se é for a nossa postura devemos reconhecer como pecado, nos arrepender e voltar para Deus em fé ehumildade.

            Jesus Cristo nos ensina que a oração, fruto da comunhão com o Pai, deve ser com súplica perseverante e humilde e com a convicção de que Ele concede boas dádivas aos seus filhos.

 

Desafio: "peça e busque e bata", mas, com um coração humilde.

 

Conclusão

Estas parábolas nos revelam que Deus dá boas dádivas a quem ora com perseverança e humildade.

“Se vocês, apesar de serem maus, sabem dar boas coisas aos seus filhos, quanto mais o Pai que está nos céus dará o Espírito Santo a quem o pedir!”, Lc 11.13.

Na parábola de Lc 18, podemos perceber que se um juiz injusto que não temia a Deus e nem se importava com o homens, pode fazer o bem, “Acaso Deus não fará justiça aos seus escolhidos, que clamam a ele dia e noite? Continuará fazendo-os esperar? Eu lhes digo: Ele lhes fará justiça, e depressa...”, vv. 7,8.

Com certeza as maiores bênçãos são espirituais, pois pertencemosa Deus e somos herdeiros da vida eterna em Cristo Jesus, tendo sido Nele abençoados com toda sorte de "bênçãos espirituais nas regiões celestiais" (Ef 1.3).

Lc 11.13, faz menção a ‘pedir’ o Espírito Santo! O que naquele contexto era natural pois o Espírito Santo da promessa ainda não havia sido dado.

Conforme o Evangelho de Joao , 7.37-39, até aquela altura o Espírito Santo ainda não havia sido dado, pois Jesus ainda não havia sido glorificado. Essa mesma passagem esclarece que a condição básica para receber o Espírito Santo era crer em Jesus Cristo.

Pedro em At 2, no dia de Pentecostes revela que o Espírito Santo foi dado, pois Jesus após a Sua ressurreição foi glorificado, tendo subido aos céus e assentando-se a direita do Pai.

O apóstolo Paulo em Ef 1.13,14 nos ensina que aquele que ouve o Evangelho de Jesus, a palavra da verdade, e crê, é selado com o Espírito Santo.

O mesmo Paulo em Rm 8, um dos capítulos que mais menções faz ao Espírito Santo, deixa claro que quem tem o Espírito é de Cristo, e quem não tem o Espírito não é de Cristo. E ele continua “... da mesma forma o Espírito nos ajuda em nossa fraqueza, pois não sabemos como orar, mas o próprio Espírito intercede por nós com gemidos inexprimíveis”, 26.

O Deus que nos dá Seu Filho e nos dá o Espírito Santo, com certeza tem prazer em nos abençoar e atender as nossas orações conforme a Sua vontade.

Tendo em vista a necessidade de pedir bem, segundo a vontade de Deus e em Nome de Jesus Cristo, o ensino de Jesus é: peçam, busquem e batam; mas, com perseverança e humildade, e a convicção de que Deus concede boas dádiva - ao nos aproximarmos de Deusdevemos crer que Ele existe e galardoa aqueles que O buscam (Hb 11.6).

            Jesus Cristo nos ensina que a oração, fruto da comunhão com o Pai, deve ser com súplica perseverante e humilde e com a convicção de que Ele concede boas dádivas aos seus filhos.

Pr. Domingos Mendes Alves

domingos@novaalianca.com

Ribeirão Preto – SP

Fevereiro de 2017