Igreja Nova Aliança

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Vivendo com excelência em Cristo

NOVA ALIANÇA
Mensagens Bíblicas
Série em Colossenses
A Toda-suficiência de Cristo
4ª. Mensagem
07.05.2017
Pr. Domingos M. Alves

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Colossenses 1:9-14

 

Mensagem: O verdadeiro discípulo de Jesus Cristo, com pleno conhecimento da vontade de Deus, em toda sabedoria e entendimento espiritual, ele persegue o viver com excelência em Cristo.

 

Introdução:

1. Recordando

Na 3ª. Mensagem desta série, em Cl 1.5b-8, nós refletimos sobre “O Evangelho verdadeiro”. Vimos que O Evangelho verdadeiro é Jesus Cristo - o que Ele e fez por nós, segundo a graça e o poder de Deus para salvação eterna - justificar e santificar e glorificar, de todo aquele que se arrepende dos seus pecados e Nele crê como único e suficiente Salvador e O confessa como Senhor.

 

2. Mensagem de hoje - Vivendo de modo digno do Senhor.

Em Cl 1.3-5, nós vimos o apóstolo Paulo orando, agradecendo a Deus pela vida piedosa dos cristãos em Colossos, uma vida de “fé em Jesus Cristo” e de “amor para com todos os santos” tendo como fundamento a “esperança que lhes estava preservada nos céus”.

No 1.9, nós vemos o apóstolo rogando a Deus em favor Deus, suplicando que “transbordem do pleno conhecimento da vontade de Deus, em toda a sabedoria e entendimento espiritual”.

No capítulo 4, vamos encontrar o apóstolo exortando a perseverar na oração (4.2), e rogando que supliquem por ele para que Deus lhe dê oportunidades para com sabedoria falar do “mistério de Cristo” (4.3,4).

Nossa vida de oração, não pode ser aquela que se baseia em rituais religiosos (rezas / vãs repetições) e nem que ocorra somente em momentos de necessidades, de crises; não pode ser a oração focada meramente em pedidos por bênçãos físicas e/ou materiais e/ou financeiras...               

Tg 4.2b Nada tendes, porque não pedis; 3 pedis e não recebeis, porque pedis mal, para esbanjardes em vossos prazeres.

“Pedir mal” é orar com motivações mundanas (Tg 4.4), sem ter aprovação divina...

O apóstolo Paulo era um homem de oração... Por meio dos seus ensinos e da sua vida de oração, somos desafiados a demonstrar maturidade espiritual, também, em nossa vida de oração. Uma vida de oração que se relaciona com Deus, focando a Sua Pessoa e uma vida transformada por Ele e para Ele... 

Paulo tinha uma vida aonde à oração, entre outros, era:

- Constante... 1.3,9; Intercessora... 1:9; Ação de graças... 1:3, 12; Transcendente... 1.9.

1.9b... Pedir que transbordeis de plenoconhecimento da sua vontade, em toda a sabedoria e entendimento espiritual.

Transbordeis de pleno conhecimento - “que Deus encha vocês” - conhecimento – ‘epignosis’ - relacionado com a vontade de Deus revelada na sua palavra, 3.16; Hb 1.1-3; At 2.42; tem conexão com a obediência prática...

Em toda a sabedoria sophia’ - grego, excelência mental; V.T. - aplicar o conhecimento da vontade de Deus às situações da vida.  Masson “... mostra a direção que deve seguir e os padrões mediante os quais deve regular suas ações”.

Entendimento sunesis’ espiritual - “visão clara daquilo que precisa ser feito em cada caso”, decisão moral. A palavra refere-se à reunião dos fatos e informações tirando conclusões e percebendo os relacionamentos.

Por que o apóstolo orava por tal conhecimento e sabedoria e entendimento espiritual?

1.10a a fim de viverdes de modo digno do Senhor, para o seu inteiro agrado...

Ter um andar, um estilo de vida, digno do Senhor, para o Seu inteiro agrado, para a Sua plena satisfação. E, isto é no Espírito Santo viver em todas as áreas e momentos e circunstâncias, segundo a Sua vontade revelada na Bíblia – Palavra de Deus.

Gl 1.10b... Ou procuro agradar a homens? Se agradasse ainda a homens, não seria servo de Cristo.

O servo de Cristo procura o viver que agrada a Cristo.

         O verdadeiro discípulo de Jesus Cristo, com pleno conhecimento da vontade de Deus, em toda sabedoria e entendimento espiritual, ele persegue o viver com excelência em Cristo.

Quatro características do viver excelente em Cristo – que O agrada.

1.10b... Frutificando em toda boa obra e crescendo no pleno conhecimento de Deus, 11  sendo fortalecidos com todo o poder, segundo a força da sua glória, emtoda a perseverança e longanimidade; com alegria, 12  dando graças ao Pai, que vos fez idôneos à parte que vos cabe da herança dos santos na luz. 13 Ele nos libertou do império das trevas e nos transportou para o Reino do Filho do seu amor, 14  no qual temos a redenção, a remissão dos pecados.

                                              

I. Produção contínua de frutos.

1.10b... Frutificando em toda boa obra...

A produção de fruto é um processo contínuo. 

O ‘fruto’ tem haver com o caráter e as intenções e ações semelhantes a Cristo. 

‘Toda boa obra’ envolve a totalidade da nossa vida. A vida de fé em Jesus Cristo e de amor para com todos os santos, por causa da esperança que nos está preservada nos céus. Uma vida que, sob o poder e a liderança do Espírito Santo, influencia outros com as marcas de Cristo e contribui para a expansão do evangelho de Cristo.

Jo 15.8 Nisto é glorificado meu Pai, em que deis muito fruto; e assim vos tornareis meus discípulos.

Mt 5.16 Assim brilhe a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai que está nos céus.

 

II. Crescimento contínuo no conhecer a Deus.

1.10b... E crescendo no pleno conhecimento de Deus...

O conhecimento de Deus, como o fator que nos leva ao crescimento.

“O conhecimento de Deus é como a chuva que nutre o crescimento da planta” (Lightfoot).

“Não se pode servir nem adorar a um Deus desconhecido, nem depositar nossa confiança” (A.W. Pink, Los Atributos de Dios, p.7).

2 Pe 1.3 Visto, como, pelo seu divino poder, nos têm sido doadas todas as coisas que conduzem à vida e à piedade, pelo conhecimento completo daquele que nos chamou para a sua própria glória e virtude.

Como conhecer a Deus:

1. Ato de ouvir a palavra de Deus e recebê-la como interpretada pelo Espírito Santo com relação a nossa pessoa;

2. Notar a natureza e o caráter de Deus;

3. Aceitar (fé) Seu convite e obedecer suas ordens;

4. Reconhecer Seu amor – alegrar-se na comunhão com Ele.

Entendendo que tudo isto é questão da graça divina... A iniciativa é de Deus... Ele se revela (Hb 1.1-4); Mt 11.25-30).

(J. I. Packer, O conhecimento de Deus)

No Espírito Santo, pela meditação e prática da palavra de Deus, vida de oração, contemplação da criação divina, comunhão com o povo de Deus, vida de adoração e louvor e serviço, confissão e abandono dos pecados, e pelo testemunho de Cristo, nós crescemos no conhecimento de Deus, e tal crescimento nos nutre espiritualmente – para sermos mais e mais semelhantes a Cristo.

 

III. Fortalecimento contínuo na força da sua glória; com alegria.

1.11a Sendo fortalecidos com todo o poder, segundo a força da sua glória...

Poder que é característico da Sua Glória – Sua presença, Seu caráter... (1 Tm 1.12; 2 Co 12.9)

O poder, que, por exemplo, se manifestou ressuscitando Jesus Cristo dentre os mortos e O exaltando acima de tudo e de todos...

Ef 1.19 E qual a suprema grandeza do seu poder para com os que cremos, segundo a eficácia da força do seu poder; 20 o qual exerceu em Cristo, ressuscitando-o dentre os mortos e fazendo-o sentar à sua direita nos lugares celestiais.

1.11b... Emtoda a perseverança e longanimidade; com alegria,

O alvo da oração é que a igreja não fracasse diante dos ataques heréticos, e ou do desencorajamento.

“Em toda perseverança” - em relação às circunstâncias difíceis...

“E longanimidade” - em relação às pessoas difíceis de serem suportadas...

Duas virtudes divinas necessárias diante de dificuldades, e diante das pressões malignas e das pressões e provações da vida para vivermos “com alegria”.

 Fp 4.4 Alegrai-vos sempre no Senhor; outra vez digo: alegrai-vos.

Como afirma o Pr. Jonh Piper – “Deus é mais glorificado em nós, quanto mais nos alegramos Nele”.

 

V. Atitude contínua de gratidão a Deus Pa.

12 Dando graças ao Pai, que vos fez idôneos à parte que vos cabe da herança dos santos na luz. Viver uma vida de gratidão a Deus, pois...

“... Vos fez idôneos” - tornar suficiente, qualificados, para ter participação na herança dos santos na luz. Para pertencer e ter comunhão e usufruir do privilégio de fazer parte do povode Deus – Igreja, corpo de Jesus Cristo.

Ef 1.18 Iluminados os olhos do vosso coração, para saberdes qual é a esperança do seu chamamento, qual a riqueza da glória da sua herança nos santos.

Devemos ser gratos, por pertencer à família de Deus. E, pertencemos, pois Ele...

 

13 Ele nos libertou do império das trevas e nos transportou para o Reino do Filho do seu amor, 14 no qual temos a redenção, a remissão dos pecados.

 “Nos libertou (‘rhoumai’) do império das trevas”... - liberdade de ação. Livres do poder do Diabo e do pecado e da morte.

“Nos transportou (‘methistemi’) para o Reino do Filho do seu amor” -   Reino de Cristo - totalidade de Seu domínio...

Hb 2.14 Visto, pois, que os filhos têm participação comum de carne e sangue, destes também ele, igualmente, participou, para que, por sua morte, destruísse aquele que tem o poder da morte, a saber, o diabo, 15 e livrasse todos que, pelo pavor da morte, estavam sujeitos à escravidão por toda a vida.

Em Jesus Cristo temos a “redenção(‘apolutrosis’) - pagamento do resgate pelo sangue do Cordeiro, 1 Co.6.20; remoção da maldição da lei, Gl.3.13; libertação da escravidão ao pecado para a liberdade da graça, 1 Pe.1.18.

“A remissão (‘aphesis’) dos pecados” – o perdão dos pecados.

Cl 2.13b... Vos deu vida juntamente com ele, perdoando todos os nossos delitos.

 

Conclusão:

O verdadeiro discípulo de Jesus Cristo, com base no conhecimento da vontade de Deus revelado na Sua palavra, e com sabedoria e entendimento espiritual, ele persegue o viver com excelência em Cristo.

 

Desafio:

Vida com excelência - Uma vida de modo digno ao Senhor; Frutificando em toda boa obra; Crescendo no pleno conhecimento de Deus, Sendo fortalecidos com todo o poder segundo a força da sua glória, com alegria; Dando graças ao Pai que vos fez idôneos...

 Gl 1.10b... Ou procuro agradar a homens? Se agradasse ainda a homens, não seria servo de Cristo.

O servo de Cristo procura o viver que agrada a Cristo.

1 Pe 1.16 Porque escrito está: Sede santos, porque eu sou santo. 17 Ora se invocais como Pai aquele que, sem acepção de pessoas, julga segundo as obras de cada um, portai-vos com temor durante o tempo da vossa peregrinação.

Mt 7.24 Ninguém pode servir a dois senhores; porque ou há de aborrecer-se de um e amar ao outro, ou sedevotará a um e desprezará ao outros. Não podeis servir a Deus e às riquezas.

Tg 4.4 Infiéis, não compreendeis que a amizade do mundo é inimiga de Deus? Aquele, pois, que quiser ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus.

Rm 8.8 Portanto, os que estão na carne não podem agradar a Deus.

2 Tm 2.3 Participa dos meus sofrimentos como bom soldado de Cristo Jesus. 4 Nenhum soldado em serviço se envolve em negócios desta vida, porque o objetivo é satisfazer àquele que o arregimentou.         

           O verdadeiro discípulo de Jesus Cristo, com pleno conhecimento da vontade de Deus, em toda sabedoria e entendimento espiritual, ele persegue o viver com excelência em Cristo.

Como vai a sua vida? Que mudanças se fazem necessárias? Quais passos você dará em direção à transformação no Espírito Santo, para viver para o inteiro agrado de Deus?

 

Lembre-se:

A sua responsabilidade, debaixo da graça e capacitação divina é a de perseverante, e confiantemente aplicar os princípios e as verdades divinas que tens ouvido (Fp. 2.12,13; 1 Tm. 4.7-9; Tg. 1.22-27). Ao meditar nesta mensagem, pergunte-se:

* O queDeus quer transformar no meu modo de pensar e agir?

* Como eu posso colocar isso em prática na minha vida?

* Qual o primeiro passo que darei nessa direção (para que haja real transformação em minha vida)?

 

Conheça... Creia... Aproprie-se... E, pratique a verdade divina para que experimentes a vida plena que há em Jesus Cristo (João 10.10).

 

Bibliografia (utilizada como base da pesquisa nesta série de mensagens):

Pinto, Carlos Osvald Cardoso, Foco & Desenvolvimento no Novo Testamento, 2ª. Ed Revisada e Atualizada, São Paulo: Hagnos, 2008.

MacArthur, John F. Nossa Suficiência em Cristo – Três Influências Letais que Minam sua Vida Espiritual, São José dos Capmpos: Fiel, 1995.

Martin, Ralph P., Colosseneses e Filemon – Introdução e Comentário. São Paulo: Mundo Cristão e Vida Nova, 1991.

Schaeffer, Francis A., A Igreja do Final do Século XX – Teologia Prática 3, Brasília: Sião, 1998, 2ª. Ed.

Nesta série de mensagens em Colossenes, de modo geral, a interpretação, das palavras gregas são pesquisadas no Olive Tree - Bible Study - RA Strong´s; Esword; Léxico do Novo Testamento - Gingrich & Danker , Ed. Vida Nova; Chave Linguistica do Novo Testamento Grego – Rienecker & Rogers, Ed. Vida Nova.

 

Pr. Domingos M. Alves

domingos.a@novaalianca.com

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Maio de 2017