Vida em abundância

João 11.17-43

Nossas vidas, na maior parte do tempo, são ordinárias, ou seja, vivemos e fazemos coisas comuns. Dormimos, acordamos, comemos, trabalhamos, mantemos e fazemos relacionamentos, etc.

Mas, em meio a essa vida comum, passamos por algumas situações que fogem do comum, do ordinário. E isso nos abala, nos tira do eixo.

Algumas vezes a própria vida comum é tão comum que acaba em uma mesmice e causa desânimo e abatimento.

Por vezes, a repetição de erros ou o passar por um problema por muito tempo, pode nos deixar desesperançosos.

Mas eu quero afirmar e garantir uma coisa: quem é amado por Jesus e o busca tem tratamento diferenciado.

A história que quero compartilhar hoje é de uma família a quem Jesus amava. (Jo.11.3). O texto de João 11 mostra que Jesus amava Lázaro, Marta e Maria, e também relata que mesmo Jesus amando-os e eles sendo íntimos de Jesus, foram acometidos por uma situação extrema:a doença e como consequência a morte de Lázaro (Jo.11.4).

Eles buscaram a Jesus no tempo que entenderam ser o correto, mas mesmo assim Jesus decide que ainda não era o tempo de ir curar Lázaro (Jo. 11.14).

O texto também me mostra que até na doença Deus pode e quer se glorificado (Jo.11.4). Isso acontece porque:

Jesus tem todo poder para fazer com pessoas ordinárias como nós, coisas extraordinárias. Porque encontrar com Jesus é ter esperança.

1. Encontrar com Jesus é ter esperança. V. 25-26.

Quando Jesus chega em Betânia, Lázaro já estava sepultado há 4 dias (v. 17). Toda a esperança de cura da doença já não existia mais, a esperança de ver aquele quadro revertido não existia, a realidade do momento era a morte (v.19 e 21).Todas aquelas pessoas, o ambiente de funeral, o choro, tudo aquilo minava as esperanças das pessoas mais otimistas e esperançosas.

Percebe-se isso na fala de Marta e também de Maria: se o Senhor estivesse aqui meu irmão não teria morrido (v.21 e 32).

A desesperança, em algumas causas, alcança até aqueles que conhecem e confiam nas promessas de Deus, Marta sabia da ressurreição dos santos no último dia (v. 24). Mas o que ela queria era que seu irmão não tivesse morrido.

Quando nos encontramos com Jesus, descobrimos que a nossa esperança pode ser muito maior. Ele mostra para Marta que era a própria ressurreição e a vida (v.25-26).

Agora é preciso crer, Marta creu. Não sabemos se ela tinha noção do que estava para acontecer, mas ela cria que Jesus era Deus e que Ele podia fazer todas as coisas, e que nada era impossível para ele, e isso dá esperança.

Meu irmão e meu amigo, por maior que seja a sua dificuldade, creia que Jesus é Deus e pode todas as coisas, inclusive trazer vida a quem está morto.

Mas Jesus não é um deus impessoal, pelo contrário, ele é Deus e extremamente relacional, por isso quem se encontra com Jesus recebe empatia.

 2. Encontrar com Jesus é receber empatia. V. 33-36.

Esse texto é um dos quais usamos para defender que Jesus é 100% homem e 100% Deus. Porque só Deus pode dar a vida e só um homem pode chorar pela morte de outro homem.

E é isso que mostra a empatia de Jesus com quem sofre, e o que mais queremos quando estamos sofrendo é encontrar pessoas que sejam empáticas conosco.

Empatia é: “capacidade de se identificar com outra pessoa, de sentir o que ela sente, de querer o que ela quer, de apreender do modo como ela apreende etc.processo de identificação em que o indivíduo se coloca no lugar do outro e, com base em suas próprias suposições ou impressões, tenta compreender o comportamento do outro.”

É impressionante porque Jesus sabia qual era o propósito daquela morte, Ele sabia que Lázaro tornaria a vida novamente, mas Ele chora, sente a dor daquelas pessoas.

Jesus sabe o que é sofrer e ele se compadece dos nossos sofrimentos, o texto diz que ele ficou agitado em seu interior, aquilo mexeu com as emoções de Jesus e isso porque ele amava aquela família.

Jesus é o mesmo ontem, hoje e eternamente. Ele nos ama e se importa conosco e com os nossos sofrimentos, mas é preciso estar próximo dele.

Jesus é único e extraordinário, e tudo o que Ele faz é único e extraordinário. Ele não fica só com palavras de esperança dizendo que entende os nossos sofrimentos Ele faz com que experimentemos coisas extraordinárias.

3. Encontrar com Jesus é experimentar o extraordinário. V. 41-44.

O que Jesus faz não tem precedentes, era tão “absurdo” que as pessoas tentam persuadi-lo de não fazer aquilo: “já cheira mal” (v.39).  Mas Jesus é cheiro de vida e vida eterna e abundante.

Ele traz à vida um homem morto há 4 dias e faz isso com apenas uma frase: “venha pra fora”. V. 43.

É muito interessante que Deus faz o extraordinário, o ordinário é conosco. Tirem a pedra, tirem as faixas. Deus faz aquilo que nós não conseguimos fazer.

O maior de todos os milagres já recebemos: a vida eterna em Cristo Jesus. A parte de Jesus Ele já fez, entregou a sua vida em nosso lugar; a nossa parte é crer e viver na esperança de que Jesus é poderoso para fazer muito mais do que podemos imaginar. Precisamos crer que os nossos sofrimentos podem e devem ser para glorificar a Deus e que, enquanto a solução não é perceptível a nós, precisamos saber que Jesus não está indiferente ao nosso sofrimento, seja qual for.

Mario Belsoli Neto