Igreja Nova Aliança

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Advertências divinas

MENSAGEM: Conhecimento bíblico, experiências espirituais e bons começos na vida cristã não garantem sucesso espiritual, um final feliz, de um viver que nos edifica, edifica  a igreja de Deus,  O agrada e glorifica.

INTRODUÇÃO

A. Recordando

Como temos estudado nesta série em 1 Coríntios, a Igreja em Corinto tinha uma série de dúvidas e problemas, na área doutrinária e relacional e comportamental, e o apóstolo Paulo está tratando destas questões…

No domingo, 13.01.2019, nesta série de mensagens em 1 Coríntios, nós refletimos sobre "Por causa do Evangelho de Jesus Cristo”, 1 Co 9.1-27. Vimos que: Líderes cristãos, pastores, missionários etc, incluindo todos os discípulos de Jesus Cristo, acima do foco e da luta pelos direitos,  devem  suportar tudo necessário para o avanço do evangelho de Jesus Cristo, para ganhar pessoas para Cristo.

B. Advertências divinas…

Paulo, termina o capítulo 9, da seguinte forma “… não venha eu mesmo a ser desqualificado”, v. 27b. E, no capítulo 10, como base na história de Israel, nos adverte sobre o perigo da desqualificação, da reprovação, diante de Deus.

10.5 Entretanto, Deus não se agradou da maioria deles, razão por que ficaram prostrados no deserto.

Experiências espirituais e bons começos não são garantia de sucesso espiritual, de um final feliz (Wiersbe).

Da história de Israel nos vem a advertência divina de que por maiores que sejam as nossas experiências com Deus, corremos o risco do viver reprovado por Ele… Viver que não agrada a Deus, que provoca o zelo divino, que busca o nosso próprio interesse… Viver esse que não segue o exemplo de Jesus Cristo.

Conhecimento bíblico, experiências espirituais e bons começos na vida cristã não garantem sucesso espiritual, um final feliz, de um viver que nos edifica, edifica  a igreja de Deus,  O agrada e glorifica.

Reflitamos sobre três advertências divinas…

Primeira advertência

I. Cuidado com a queda espiritual, 10.12

10.5Entretanto, Deus não se agradou da maioria deles, razão por que ficaram prostrados no deserto. […] 12 Aquele, pois, que pensa estar em pé veja que não caia.

Nos vs. 1 a 4, o apóstolo Paulo menciona as experiências espirituais da nação de Israel, durante os 40 anos da peregrinação no deserto, quando da libertação da escravidão no Egito para Canaã para a terra prometida.

10.5 Entretanto, Deus não se agradou da maioria deles, razão por que ficaram prostrados no deserto.

Apenas Josué e Calebe, com mais de 19 anos entraram na terra prometida, todos os outros incluindo Moisés e Arão, morreram (Nm 20.8-12; 33.38,39; Dt 34.1-7).

Os pecados listados aqui:

Cobiça‘epitomia' (v. 6; Nm 11.4, 33,34; Sl 106.12-14; Tg 1.13-15); Idolatria'eidōlolatrēs' (v. 7, 14; Êx 32.1-8; Ef 5.5,6); imoralidade sexual‘porneuō' (v. 8; Nm 25.1-8; 1 Co 5.1; 7.1-5); provar 'ekpeirazō’ Deus (v. 9; Êx 17.2-7; Sl 95.7-11; Hb 3.7-14); e, murmuração ‘gogguzō’ (v. 10; Nm 16.41,49; Fp 2.14-16).

Há o perigo do pecado… Por isso - 10.12 Aquele, pois, que pensa estar em pé veja que não caia. (cf. Gl 6.1)

Mas, também, temos a promessa de Deus - 10.13 Não vos sobreveio tentação que não fosse humana; mas Deus é fiel e não permitirá que sejais tentados além das vossas forças; pelo contrário, juntamente com a tentação, vos proverá livramento, de sorte que possais suportar.

Deus que é poderoso e fiel promete: que não permitirá sermos tentados além das nossas forças; e, a provisão do livramento em meio as tentações para que possamos suportar.

Segunda advertência

II. Não provoque o Senhor, 10.22

10.14 Portanto, meus amados, fugi da idolatria. […] 22 Ou provocaremos zelos no Senhor? Somos, acaso, mais fortes do que ele?

Dt 32.21a A zelos me provocaram com aquilo que não é Deus; com seus ídolos me provocaram à ira…

10.15-21 (cf. 11.17-34).

Paulo traz a mente de que ao participar da Ceia do Senhor o discípulo de Jesus Cristo está participando da comunhão espiritual com Cristo e o corpo de Cristo - Igreja (vs. 16,17); da mesma forma, os que se alimentam das carnes sacrificadas aos ídolos, participam da comunhão espiritual com os demônios (vs. 18-20).

O ídolo em si não é coisa alguma, mas é usado por Satanás para levar ao pecado. A idolatria é demoníaca (Wiersbe).

Então, o discípulo de Jesus Cristo, o cristão forte, maduro espiritualmente, no uso da liberdade cristã (8.1-13), deve tomar muito cuidado, ser criterioso (10.15); pois, 10.21 Não podeis beber o cálice do Senhor e o cálice dos demônios; não podeis ser participantes da mesa do Senhor, e da mesa dos demônios.

Tg 4.5 Ou supondes que em vão afirma a Escritura: É com ciúme que por nós anseia o Espírito, que ele faz habitar em nós?

Não provoque o Senhor…

Deus não tolera competidores e não permitirá que a idolatria fique impune (MacArthur).

Terceira advertência

III. Respeite os limites da liberdade cristã, 10.23

10.23 Todas as coisas são lícitas, mas nem todas convêm; todas são lícitas, mas nem todas edificam. 24 Ninguém busque o seu próprio interesse, e sim o de outrem. […] 31 Portanto, quer comais, quer bebais ou façais outra coisa qualquer, fazei tudo para a glória de Deus.

6.12 Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas convêm. Todas as coisas me são lícitas, mas eu não me deixarei dominar por nenhuma delas.

No uso da liberdade cristã, naquilo que é lícito, pergunte-se:

Isto convêm?

Edifica?

Me domina?

Glorifica a Deus?

Se houve um “não sei (dúvida)” ou  um “não”, como resposta, então não faça.

No uso da liberdade busque (vs. 23,25,26): o interesse dos outros acima do teu interesse (vs. 24, 33); o que não te condene, e/ou cause injuria, difamação, vitupério (vs. 27-30); o que não te escraviza (6.12); o que não causa tropeço aos outros (v. 32; 8.9-13);  o que edifica  (v. 23); e, o que glorifica a Deus (v. 31).

Use a liberdade cristã com sabedoria e responsabilidade de modo que ela não traga problemas para a tua vida cristã, nem seja causa de tropeço para a igreja de Deus.

Conclusão

Conhecimento bíblico, experiências espirituais e bons começos na vida cristã não garantem sucesso espiritual, um final feliz, de um viver que nos edifica, edifica  a igreja de Deus,  O agrada e glorifica.

11.1Sede meus imitadores, como também eu sou de Cristo.

Hb 12.1 Portanto, também, nós, visto que temos a rodear-nos tão grande nuvem de testemunhas, desembaraçando-nos de todo o peso e do pecado que tenazmente nos assedia, corramos, com perseverança, a carreira que nos está proposta, 2 olhando firmemente para o Autor e Consumador da fé, Jesus, o qual, em troca da alegria que lhe estava proposta, suportou a cruz, não fazendo caso da ignomínia, e está assentado à destra do trono de Deus.

Jesus Cristo, Autor e Consumador da fé - começou e terminou bem a missão confiada pelo Pai (Jo 17.4).

Desafio:

No poder e na liderança do Espírito Santo:

I. Cuidado com a queda espiritual, 10.12

II. Não provoque o Senhor, 10.22

III. Respeite os limites da liberdade cristã, 10.23

Para o viver de pleno êxito diante de Deus e dos seres humanos… Viver que resulta na edificação da igreja de Deus e na Sua glória.

Lembre-se:

A sua responsabilidade, debaixo da graça e capacitação divina é a de perseverante, e confiantemente aplicar os princípios e as verdades divinas que tens ouvido (Fp. 2.12,13; 1 Tm. 4.7-9; Tg. 1.22-27). Ao meditar nesta mensagem, pergunte-se:

  • O que  Deus quer transformar no meu modo de pensar e agir?

  • Como eu posso colocar isso em prática na minha vida?

  • Qual o primeiro passo que darei nessa direção (para que haja real transformação em minha vida)? 

Conheça... Creia... Aproprie-se... E, pratique a verdade divina para que experimentes a vida plena que há em Jesus Cristo (João 10.10). 

Pr. Domingos Mendes Alves