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Frutos da Generosidade - II Coríntio 9:11-15 - (Série: Edificação, todos e cada um - Efésios 4:16)

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Frutos da Generosidade
Quando a Graça alcança o bolso!
II Coríntios 9:11-15
(Série: Edificação, todos e cada um - Efésios 4:16) 

11Assim, vocês serão enriquecidos em tudo para toda generosidade, a qual, por meio de nós, resulta em orações de gratidão a Deus. 12Porque o serviço desta assistência não só supre a necessidade dos santos, mas também transborda em muitas orações de gratidão a Deus. 13Na prova deste serviço, eles glorificam a Deus pela obediência da confissão que vocês fazem do evangelho de Cristo e pela generosidade com que vocês contribuem para eles e para todos, 14enquanto eles oram por vocês, com grande afeto, por causa da extraordinária graça de Deus que foi dada a vocês. 15Graças a Deus pelo seu dom indescritível! 1

Mensagem: Por sermos abundantemente enriquecidos com a graça de Deus, nossa ajuda financeira aos cristãos em necessidades é um privilégio, dever e alegria. Essa atitude promove a união da igreja, a honra de Deus e escancara o Evangelho.

Quando falamos sobre contribuição financeira é comum muitos de nós pensarmos que isso cabe apenas a pessoas que tenham muito dinheiro. Porém, devemos pensar melhor e dentro dos parâmetros bíblicos.

George Müller - Foi um pregador do evangelho que se tornou criador e diretor de orfanatos em Bristol, na Inglaterra começando em 1836 e foi até o fim da sua vida 1898. Seus relatos e diários, combinam com o que os historiadores pesquisaram, isto aconteceu “num dos dias mais difíceis financeiramente para o orfanato. Certa vez, em uma manhã que não havia pão para as crianças comerem ou leite para beberem, eles se reuniram para orar e ao terminarem de orar, um padeiro apareceu com muitos pães, o suficiente para todos e um leiteiro com leite em abundância, pois seu carro havia quebrado, em frente do orfanato.” 2

Homens simples e dispostos, foram a resposta de Deus para suprir as necessidades mais básicas de um cristão necessitado e de crianças desamparadas.

2. CONTEXTO

Os cristãos pobres da Macedônia (II Co 8.1-5) - A região da Macedônia incluía as cidades de Filipos, Tessalônica, Bereia (atuais Grécia, Macedônia e Albânia). Foi uma região rica que ficou muito pobre.

2 Co 8.3–5 “Porque posso testemunhar que, na medida de suas posses e mesmo acima delas, eles contribuíram de forma voluntária, pedindo-nos, com insistência, a graça de participarem dessa assistência aos santos. E não somente fizeram como nós esperávamos, mas, pela vontade de Deus, deram a si mesmos, primeiro ao

Senhor, depois a nós.”3

Rm 15.26 “Porque a Macedônia e a Acaia (região de Corinto) resolveram levantar uma coleta em benefício dos pobres dentre os santos que vivem em Jerusalém.”4

Corinto estava desfrutando de um desenvolvimento econômico muito grande neste momento.

Em toda a carta de II Coríntios a idoneidade de Paulo está em xeque, então ele envia irmãos aprovados e reconhecidos, para fazer a coleta. Ele não estava sozinho envolvido com dinheiro de ofertas, para quem os homens perversos naquela igreja, não o acusassem sem motivo.

3. EXPOSIÇÃO

3.1 – v 11, 12 “... serão enriquecidos em tudo para toda generosidade5... resulta em orações de gratidão a Deus6”; “... Porque o serviço desta assistência7... orações de gratidão a Deus8”

Deus não promete que ganharemos proporcionalmente ao quanto dermos, mas que seremos plenamente supridos de tudo que precisamos emocional, espiritual, social e materialmente. O fato de querer contribuir e ter recurso para isso, já é por termos sido enriquecidos. Com a generosidade dos Coríntios, os crentes que estavam com Paulo, que souberem desta oferta, agradeceram a Deus pela vida deles e Deus se

alegrará e será honrado através desta igreja. Este tipo de serviço amplia a gratidão a Deus.

3.2 – v.13,14 “... eles glorificam a Deus pela obediência da confissão que vocês fazem do evangelho de Cristo9.”
O resultado da generosidade: Orações de louvor a Deus, fortalecimento na fé dos que recebem ajuda, pois tudo isso é prova de que os coríntios tinham realmente sido alcançados pelo evangelho. O amor entre eles cresce e toma forma palpável.

Cerca de 40 anos depois de Paulo ter redigido essa epístola, Clemente de Roma pronunciou um fraco eco do versículo 12. “Que o rico dê ajuda ao pobre e que o pobre expresse gratidão a Deus, por lhe ter concedido alguém que suprisse suas necessidades”.4110

3.3 – v 15 Paulo reage “Graças a Deus pelo seu dom indescritível!” 11
“Uau, eu sou parte disto, estou “pulando de alegria” por ver tudo isto em ação na vida de todos vocês. Nosso Deus é maravilhoso por me dar este privilégio” Eu estou vendo Jesus em ação na vida de pessoas que realmente mostram que o amam e agem como tal.

4. DOUTRINA

4.1 Na comunidade “ todos e cada um” contribuem com suas vidas. Os mais pobres são bênção no meio da igreja, pois possibilitam que os que tem posses direcionem a generosidade deles para seus irmãos. É assim que toda a igreja é edificada, logo, não existe ninguém em nossa igreja que é inútil ou infrutífero em relação à contribuição. Uns contribuem precisando, outros contribuem ajudando os que precisam, em tudo isso o Espírito Santo promove a unidade a edificação, e a alegria da igreja.

4.2 A contribuição financeira no serviço aos santos, é uma regra.

Se você pensar, com base neste texto que ajuda financeira é apenas para os pobres e não deve contribuir financeiramente com a igreja. Observe:

Paulo fala sobre a contribuição para sustento de ministro do evangelho, em I Co 9:

“11Se nós semeamos entre vocês as coisas espirituais, será muito recolhermos de vocês bens materiais?... 13Vocês não sabem que os que prestam serviços sagrados se alimentam do próprio templo e que os que servem ao altar participam do que é oferecido sobre o altar? 14Assim também o Senhor ordenou aos que pregam o evangelho que vivam do evangelho.”

2 – Em 2 Co 8 e 9 temos lições sobre quais pobres são prioridade :

8.2 – “manifestaram abundância de alegria... transbordou em grande ...generosidade.
8.3 – “Eles contribuíram de forma voluntária.
8.4 - “Pedindo-nos, com insistência, a graça de participarem dessa assistência aos santos.”

8.19-20 – “ E não só isto, mas ele também foi eleito pelas igrejas para ser nosso companheiro no desempenho desta graça ministrada por nós... 20Queremos evitar, assim, que alguém nos acuse por causa desta generosa dádiva administrada por nós...”

5.4 O mais importante ensino do apóstolo aqui, é o dever de assistirmos os santos em suas necessidades.

Gl 6.10 “ Por isso, enquanto tivermos oportunidade, façamos o bem a todos, mas principalmente aos da família da fé.12”

Tiago 4.17 17Portanto, aquele que sabe que deve fazer o bem e não o faz, nisso está pecando. 13”

Logo, a oferta financeira é levada seriamente em conta por todo cristão sincero.

5. APLICAÇÕES

  • As necessidades dos santos não são apenas financeiras e devemos buscar supri-las: Presença no período de isolamento, telefonemas, uma compra, um presente, reconhecimento do valor daquela pessoa.

  •  A glória pertence a Deus, por isso não devemos buscar o mérito social pela nossa generosidade;

  • Comece a aplicar sua generosidade com quem está mais perto: esposa, filhos, familiares, irmãos e os carentes na sociedade.

  • Nós podemos aplicar esta verdade com sua contribuição à igreja para montar cestas básicas, pagando aluguéis atrasados ou pagando contas atrasadas.

  • Nós devemos ajudar os irmãos em necessidades momentâneas, mas não podemos perder de vistas formas sábias e estruturadas de ajudar os necessitados para que saibam administrar os recursos que recebem.

1 De Almeida, J. F. (Trad.). (2017). Nova Almeida Atualizada (Edição Revista e Atualizada®, 3a edição, 2Co 9.11–15). Barueri, SP: Sociedade Bíblica do Brasil.
2 BENGE, Janet; BENGE, Geoff. George Müller: O guardião dos órfãos de Bristol. São Paulo: Shedd Publicações, 2017.
3 De Almeida, J. F. (Trad.). (2017). Nova Almeida Atualizada (Edição Revista e Atualizada®, 3a edição, 2Co 8.3–5). Barueri, SP: Sociedade Bíblica do Brasil.
4 De Almeida, J. F. (Trad.). (2017). Nova Almeida Atualizada (Edição Revista e Atualizada®, 3a edição, Rm 15.26). Barueri, SP: Sociedade Bíblica do Brasil.
5 De Almeida, J. F. (Trad.). (2017). Nova Almeida Atualizada (Edição Revista e Atualizada®, 3a edição, 2Co 9.11). Barueri, SP: Sociedade Bíblica do Brasil.
6 De Almeida, J. F. (Trad.). (2017). Nova Almeida Atualizada (Edição Revista e Atualizada®, 3a edição, 2Co 9.11). Barueri, SP: Sociedade Bíblica do Brasil.
7 De Almeida, J. F. (Trad.). (2017). Nova Almeida Atualizada (Edição Revista e Atualizada®, 3a edição, 2Co 9.12). Barueri, SP: Sociedade Bíblica do Brasil.
8 De Almeida, J. F. (Trad.). (2017). Nova Almeida Atualizada (Edição Revista e Atualizada®, 3a edição, 2Co 9.12). Barueri, SP: Sociedade Bíblica do Brasil.
9 De Almeida, J. F. (Trad.). (2017). Nova Almeida Atualizada (Edição Revista e Atualizada®, 3a edição, 2Co 9.13). Barueri, SP: Sociedade Bíblica do Brasil.
41 1Clemente 38.2 (LCL). Ver também os comentários de Windisch, p. 281; Furnish, pl. 451.
10 Kistemaker, S. (2014). 2 Coríntios. (H. H. G. Silva, Trad.) (2a edição, p. 391). São Paulo, SP: Editora Cultura Cristã.
11 De Almeida, J. F. (Trad.). (2017). Nova Almeida Atualizada (Edição Revista e Atualizada®, 3a edição, 2Co 9.15). Barueri, SP: Sociedade Bíblica do Brasil.
12 De Almeida, J. F. (Trad.). (2017). Nova Almeida Atualizada (Edição Revista e Atualizada®, 3a edição, Gl 6.10). Barueri, SP: Sociedade Bíblica do Brasil.
13 De Almeida, J. F. (Trad.). (2017). Nova Almeida Atualizada (Edição Revista e Atualizada®, 3a edição, Tg 4.17). Barueri, SP: Sociedade Bíblica do Brasil.

Seminarista Mario Belsoli