O incomparável amor do Reino - Lucas 6.36-38

O incomparável amor do Reino

Lucas 6.36-38

Introdução:

• No último domingo estudamos sobre o incomparável amor de Deus, que se distinguia do amor do mundo.

o Ainda que houvesse quem dissesse que não deveriam fazer aos outros o que não queriam para si, Jesus colocou no positivo.

31 Como vocês querem que os outros lhes façam, façam também vocês a eles.

o Amor distinto na relação com os inimigos e adversários. Até havia quem falasse em não ser cruel, mas Jesus foi além...

27 Mas eu digo a vocês que estão me ouvindo: Amem os seus inimigos, façam o bem aos que os odeiam, 28 abençoem os que os amaldiçoam, orem por aqueles que os maltratam.

• Esse caráter amoroso de Deus deve ser reproduzido na vida dos filhos de Deus, por mais que possa parecer impróprio, Deus demonstra seu amor conosco e essa relação deve refletir na relação com outros.

35 Amem, porém, os seus inimigos, façam-lhes o bem e emprestem a eles, sem esperar receber nada de volta. Então, a recompensa que terão será grande e vocês serão filhos do Altíssimo, porque ele é bondoso para com os ingratos e maus.

• A prioridade que o amor deve ter nos nossos relacionamentos é explicitado pelo Senhor Jesus.

34 Novo mandamento vos dou: que vos ameis uns aos outros; assim como eu vos amei, que também vos ameis uns aos outros. 35 Nisto conhecerão todos que sois meus discípulos: se tiverdes amor uns aos outros. Jo 13

o Muitas vezes este amor de Cristo é estereotipado e parece ser tão diferente do que Ele diz ser.

• Amor caracterizava seu ensino. Jo 13.34-35; 15.12-17; Rm 12.17-21; 13.10; 1Co 13; Gl 6.2; Tg 2.8; 1Jo 3.11-18

1a Expressão: Ser misericordioso 36

36 Sejam misericordiosos, assim como o Pai de vocês é misericordioso.

• O caráter de Deus é misericórdia, uma expressão comum no AT.

E, passando o SENHOR por diante dele, clamou: SENHOR, SENHOR Deus compassivo, clemente e longânimo e grande em misericórdia e fidelidade;

Ex 34.6

então, o SENHOR, teu Deus, não te desamparará, porquanto é Deus misericordioso, nem te destruirá, nem se esquecerá da aliança que jurou a teus pais. Dt 4.31

• Jonas foge ir pregar em Nínive por esta mesma razão

E orou ao SENHOR e disse: Ah! SENHOR! Não foi isso o que eu disse, estando ainda na minha terra? Por isso, me adiantei, fugindo para Társis, pois sabia que és Deus clemente, e misericordioso, e tardio em irar-se, e grande em benignidade, e que te arrependes do mal. Jn 4.2

• Assim como Deus é misericordioso, na condição de filhos devemos ser misericordiosos, como Deus é.

• Como ser misericordioso?

o Quem merece seu desprezo, retaliação e condenação?
o Quem sofre e é fácil ser indiferente com? Pedinte. Não tem recurso?

• Parte do ser misericordioso é seguir com as próximas expressões.

2a Expressão: Não julgar 37

37 Não julguem, e vocês não serão julgados. Não condenem, e não serão condenados. Perdoem, e serão perdoados.

• Essa ordem negativa não é o que muitos pensam.

o Não exclui a possibilidade de confrontar 6.42-45; 17.3; Mt 7.6; 1Co 5.5, 11-13; 1Tm 5.20; 2Tm 4.2. Somos chamados a discernir a situação, a serpente e a pomba, Mt 10.16 e Cl 4.5

Como você pode dizer ao seu irmão: Irmão, deixe-me tirar o cisco do seu olho, se você mesmo não consegue ver a viga que está em seu próprio olho? Hipócrita, tire primeiro a viga do seu olho, e então você verá claramente para tirar o cisco do olho do seu irmão. Lc 6.42

Acautelai-vos. Se teu irmão pecar contra ti, repreende-o; se ele se arrepender, perdoa-lhe. Lc 17.3

o Não exclui o julgamento ético Mt 7.1-2; 7.6; Lc 11.42-44. Julgamento que não considera perdão e encorajamento. Que que sejam tardios em julgar e precoces no perdão. Precisa estar pronto a perdoar.

• Judeus julgavam

1 Não julgueis, para que não sejais julgados. 2 Pois, com o critério com que julgardes, sereis julgados; e, com a medida com que tiverdes medido, vos medirão também. 6 Não deis aos cães o que é santo, nem lanceis ante os porcos as vossas pérolas, para que não as pisem com os pés e, voltando-se, vos dilacerem. Mt 7

42 Mas ai de vós, fariseus! Porque dais o dízimo da hortelã, da arruda e de todas as hortaliças e desprezais a justiça e o amor de Deus; devíeis, porém, fazer estas coisas, sem omitir aquelas. 43 Ai de vós, fariseus! Porque gostais da primeira cadeira nas sinagogas e das saudações nas praças. 44 Ai de vós que sois como as sepulturas invisíveis, sobre as quais os homens passam sem o saber! Lc 11

não fizestes distinção entre vós mesmos e não vos tornastes juízes tomados de perversos pensamentos? Tg 2.4

11 Irmãos, não faleis mal uns dos outros. Aquele que fala mal do irmão ou julga a seu irmão fala mal da lei e julga a lei; ora, se julgas a lei, não és observador da lei, mas juiz. 12 Um só é Legislador e Juiz, aquele que pode salvar e fazer perecer; tu, porém, quem és, que julgas o próximo? Tg 4

• Hillel: Não julgue o teu próximo até que você assuma o seu lugar. Ideia é que enquanto não conhece as circunstâncias não se deve julgar.

• O foco aqui é crítica dura, sem compaixão, atitude vingativa, como se estivesse investido da responsabilidade de julgar.

• M.’Abot Quando você julgar um homem, incline a balança a seu favor. A questão de como julgamos vale na consideração de como seremos tratados. Sota 1.7 Com a medida com que medes um homem, isso será usado para você. Lc 6.38

• A tônica é sempre que a forma como tratamos define como seremos tratados.

• O que fazer? Questione!


3a Expressão: Não condenar 37

37 Não julguem, e vocês não serão julgados. Não condenem, e não serão condenados. Perdoem, e serão perdoados.

• Acrescenta a ideia de colocar na condição de condenado a ser executado.

o Precisamos lembrar sempre que fora da misericórdia e amor de Deus, todos estariam condenados. Tt 3.3-7

• A tônica é sempre que a forma como tratamos define como seremos tratados.

• Jesus não estava negando que tribunais condenassem, mas a posição de um cristão. Lc 3.12-14; 20.20-26; Rm 13.1-4; 1Tm 2.1-4 Está claro que defender padrões éticos não é a proibição. A passagem não proíbe a avaliação moral.

• A proibição é da atitude de não perdão.

• Tratar de forma negativa implica em consequências negativas

7 Maridos, vós, igualmente, vivei a vida comum do lar, com discernimento; e, tendo consideração para com a vossa mulher como parte mais frágil, tratai-a com dignidade, porque sois, juntamente, herdeiros da mesma graça de vida, para que não se interrompam as vossas orações. 8 Finalmente, sede todos de igual ânimo, compadecidos, fraternalmente amigos, misericordiosos, humildes, 9 não pagando mal por mal ou injúria por injúria; antes, pelo contrário, bendizendo, pois para isto mesmo fostes chamados, a fim de receberdes bênção por herança. 10 Pois quem quer amar a vida e ver dias felizes refreie a língua do mal e evite que os seus lábios falem dolosamente; 11 aparte-se do mal, pratique o que é bom, busque a paz e empenhe-se por alcançá-la. 12 Porque os olhos do Senhor repousam sobre os justos, e os seus ouvidos estão abertos às suas súplicas, mas o rosto do Senhor está contra aqueles que praticam males. 1Pe 3

4a Expressão: Perdoar 37

37 Não julguem, e vocês não serão julgados. Não condenem, e não serão condenados. Perdoem, e serão perdoados.

• Fomos chamados para perdoarmos, sem espaço para amargura e ressentimento Lc 23.34 e At 7.59-60 Somos chamados a perdoar nossos inimigos, por pior que sejam. 17,3-4; Mt 18.21-22; Mc 11.25

• Somos chamados a perdoar com base no nosso perdão da parte de Deus. Ef 4.32. Perdoar não se aplica quando se considera a pessoa inocente, ao contrário, quando é culpada. Não se trata de absolvição, mas sim, de anistia. Lc 11.4

• 3a ordem - Mais que isso, fomos chamados para perdoarmos, sem espaço para amargura e ressentimento Lc 23.34 e At 7.59-60 Somos chamados a perdoar nossos inimigos, por pior que sejam. 17,3-4; Mt 18.21-22; Mc 11.25

• Somos chamados a perdoar com base no nosso perdão da parte de Deus. Ef 4.32. Perdoar não se aplica quando se considera a pessoa inocente, ao contrário, quando é culpada. Não se trata de absolvição, mas sim, de anistia. Lc 11.4

• Jesus não estava negando que tribunais condenassem, mas a posição de um cristão. Lc 3.12-14; 20.20-26; Rm 13.1-4; 1Tm 2.1-4 Está claro que defender padrões éticos não é a proibição. A passagem não proíbe a avaliação moral. A proibição é da atitude de não perdão.

• Quem deve ser perdoado? Como perdoar? Compromissos pessoais e dependência de Deus. Amargura destrói quem fica amargo.

• A Bb fala demais sobre perdão.

Conclusão: Doar 38

38 Dêem, e lhes será dado: uma boa medida, calcada, sacudida e transbordante será dada a vocês. Pois a medida que usarem, também será

usada para medir vocês.

Chamada à generosidade

• Em retorno eles seriam tratados com a mesma generosidade.

• Cita uma figura típica daqueles dias. Enche a medida 3/4 / mexe com rotação para o grãos se assentarem / enche até o topo / outra balançada / pressiona com as duas mãos / coloca em um cone e vai abrindo um buraco e colocando mais milho /

• Rabinos diziam que Deus poderia julgar pela justiça e misericórdia. Ele é generoso...

• O propósito é perdoar e ser generoso e desta forma ganhar a oportunidade de proclamar. Como Deus devemos ser compassivos, misericordiosos, bondosos e perdoadores, estas são provas da transformação divina.

• A maneira que tratar, será tratado. Deus é quem fará isso conosco, essa é a promessa Lc 18.30

• Deus quer que pela maneira como reagimos, sua mensagem e seu nome sejam pregado.

• https://www.youtube.com/watch?v=k9J4JWFosT0

Pastor Fernando Leite

Fernando Leite