Disciplina
Ao falar em “disciplina”, aqui refiro-me a “confrontação”, a “correção” etc. que se faz necessária diante da prática do pecado (tudo que não agrada a Deus).
Deus é um Deus de disciplina, e a disciplina é um ato de amor (Hb 12:7,10)… Os pais devem exercer a disciplina (Hb 12:7)… A igreja (nós, discípulos de Jesus Cristo) devemos exercer a disciplina uns com os outros (Mt 18:15-20).
Um dos grandes problemas enfrentados em nosso meio é a ausência de disciplina tanto no que diz respeito ao dia a dia e as responsabilidades da nossa vida, como no que diz respeito aos relacionamentos no lar e na igreja. A ausência de disciplina, em qualquer área da nossa vida, produz tremendos prejuízos para os relacionamentos, a boa qualidade de vida, e para uma vida de bom êxito…
Nesta devocional vamos focar a disciplina no que diz respeito a disciplina no contexto de uma igreja local (comunidade dos verdadeiros discípulos de Jesus Cristo). Quando pesquisamos o que a Bíblia nos ensina sobre a disciplina constatamos que prática da disciplina resulta: na seriedade e temor a Deus (At 5:11); na santificação no corpo de Cristo – Igreja, evitando a proliferação do pecado, a contaminação toda igreja (1 Co 5:6-8); na restauração de vidas, visando “ganhar” o ofensor (Mt 18:15-20; Hb 12:11)…
Por outro lado, a falta da disciplina bíblica, resulta, entre outros, no crescimento dos comportamentos e as atitudes que não agradam a Deus, destruindo vidas e relacionamentos, maculando o bom testemunho do Evangelho de Jesus Cristo e de Sua Igreja, e arruinando todo aquele que opta por viver em caminhos da enganosa “liberdade”.
Há vários motivos porque não praticamos a disciplina na igreja: a enganosa visão de que disciplinar é falta de amor (como se amassemos mais que o próprio Deus!!!); o comodismo de quem não quer se envolver, e quem sabe ficar “bem na fita” com aquele que vive em pecado não confessado e não abandonado (esquecendo que ficar “bem fita” com aquele que vive em pecado, nos faz ficar “mal na fita” com Aquele é o Santo); a visão individualista e secularista de que cada um cuida da sua vida (como se essa fosse a proposta da cruz de Jesus Cristo, e do Reino de Deus).
A disciplina, como um ato de obediência a Jesus Cristo, deve ser praticada com humildade, sem sentimentos de soberba, de superioridade, e deve ser praticada com um amor firme, cuidando de nós mesmos, para que não caiamos em pecado (Gl 6:1), e nem endureçamos o nosso coração quando a mesma se fizer necessária em nossa vida.
Reflita:
- Como você encara a disciplina bíblica?
- Como pais, e ou membros de uma igreja local, de que modo tens exercido a disciplina bíblica, diante dos teus filhos e ou das pessoas membros da igreja, que vivem em pecado?
- Se tens sido omisso, como vês que Deus avalia tal omissão?
Seja um imitador de Deus, e no Espírito Santo sempre que necessário pratique a disciplina em amor, e sujeite-se a mesma quando se fizer necessário em sua vida.
No amor do “Deus que nos disciplina para o nosso bem” (Hb 13:10) – Pr. Domingos Alves