Conhecer a Deus

Mensagem: “Na contemplação de Cristo existe um bálsamo para cada ferida; na meditação sobre o Pai, há consolo para as tristezas, e na influência do Espírito Santo alívio para todas as mágoas” (Packer).

Introdução

Depressão, desânimo, ansiedade, solidão, amargura, medo, ativismo, são alguns dos problemas do ser humano… Deus se importa com o ser humano e suas crises, e o conhecer a Deus traz respostas, refrigério, consolo e alívio para tais problemas.

O pecado (tudo que desagrada a Deus, que não está em harmonia com Seu caráter e vontade; a vida rebelde e ou alienada de Deus; a busca de respostas aparte de Deus; a negação de Deus; a visão distorcida sobre Deus…), “produz tribulação e angústia para todo o ser humano”, Rm 2:9.

Durante esta série buscaremos conhecer mais sobre a Pessoa de Deus, e relacionar tal conhecimento ao caminho de vitória para os problemas que têm origem na ausência de Deus, no pecado e ou na reação negativa diante das frustrações e ou dificuldades da vida, e ou da realidade do sofrimento e da morte.

  • Deus é amor – veremos que no amor de Deus somos amados, temos a visão correta sobre nós mesmos, e em Deus temos a capacidade de amar os outros…
  • Deus é santo – veremos que algumas das nossas enfermidades psicológicas, emocionais e relacionais são fruto de pecado, de culpas que nos angustiam,  e em Cristo temos perdão e o alívio de tais fardos…
  • Deus é justo – veremos que Deus não é injusto porque permite que soframos… Não temos motivos para nos sentirmos injustiçados por Deus e para nos decepcionarmos e ou nos revoltarmos contra Deus… Veremos que em Sua justiça Deus nos sustenta em toda e qualquer situação, e devemos expressar esta mesma justiça nos nossos relacionamentos…
  • Deus não muda – veremos que apesar das circunstâncias adversas Deus é digno de ser louvado, pois continua sendo Deus de amor, santo e justo, e fiel a Si mesmo e as Suas promessas…
  • Deus não tem limites – veremos que podemos confiar e descansar em Deus pois Ele está presente em todos locais e momento (onipresente), nos conhece e conhece todas as coisas (onisciente), e tem poder para nos conduzir em vitória e em contentamento em toda e qualquer situação (onipotente).

Conhecer a Deus é a maior necessidade do ser humano, pois sem Ele não há nenhuma forma de vida, e não há vida eterna, vida plena de satisfação e propósito. Nele nós “vivemos, nos movemos e existimos”, “nos deleitamos, e encontramos propósito… (At 17.24-28; Jo 17.3; Jo 10:10)..

Jo 17:3  “E a vida eterna é esta: que te conheçam a ti, como o único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, aquele que tu enviaste”.

Rm 11:33-36  “Ó profundidade das riquezas, tanto da sabedoria, como da ciência de Deus! Quão insondáveis são os seus juízos, e quão inescrutáveis os seus caminhos!  Pois, quem jamais conheceu a mente do Senhor? ou quem se fez seu conselheiro?   Ou quem lhe deu primeiro a ele, para que lhe seja recompensado?  Porque dele, e por ele, e para ele, são todas as coisas; glória, pois, a ele eternamente. Amém”.

Jr. 9.23,24 “Assim diz o Senhor: Não se glorie o sábio na sua sabedoria, nem se glorie o forte na sua força; não se glorie o rico nas suas riquezas;  mas o que se gloriar, glorie-se nisto: em entender, e em me conhecer, que eu sou o Senhor, que faço benevolência, juízo e justiça na terra; porque destas coisas me agrado, diz o Senhor”.

Os 6:3  “Conheçamos, e prossigamos em conhecer ao Senhor…”.

I. A importância de conhecer a Deus?

Conhecer a Deus é a maior necessidade de todos os seres humanos.

“Não se pode servir nem adorar a um Deus desconhecido, nem depositar nossa confiança nele” (A. W. Pink, “Los Atributos de Dios”, p.7).

“É impossível manter sãs as nossas práticas morais e retas as nossas atitudes interiores se a nossa idéia de Deus for errônea ou inadequada” (A. W. Tozer, “Mais perto de Deus”, p.5).

“Um conceito elevado de Deus é tão necessário para a igreja que, quando de alguma forma este conceito declina, a igreja, sua adoração e os seus padrões morais declinam com ele. O primeiro passo da Igreja em direção à decadência é quando ela compromete sua elevada opinião de Deus” (A. W. Tozer, “Mais perto de Deus”, p.11).

O estudo sobre Deus, contemplá-Lo:

  • Humilha a mente…
  • Expande a mente…
  • Consola – “na contemplação de Cristo existe um bálsamo para cada ferida; na meditação sobre o Pai, há consolo para as tristezas, e na influência do Espírito Santo alívio para todas as mágoas” (J. I. Packer, “O conhecimento de Deus”, p. 9,10).

Depressão, desânimo, ansiedade, solidão, amargura, medo, ativismo, são alguns dos problemas do ser humano… Deus se importa com o ser humano e suas crises, e o conhecer a Deus traz respostas, refrigério, consolo e alívio para tais problemas.

II. Quem é Deus?

A essência de Deus é manifesta através dos seus atributos – “atributo divino é aquilo que Deus de alguma forma tem revelado como verdadeiro a seu próprio respeito” (A. W. Tozer, “Mais perto de Deus”, p. 20).

“Um atributo é uma propriedade intrínseca ao sujeito, pela qual ele pode ser distinguido ou identificado” (Ryrie).

Rm 1.19-21  “Porquanto, o que de Deus se pode conhecer, neles se manifesta, porque Deus lho manifestou.  Pois os seus atributos invisíveis, o seu eterno poder e divindade, são claramente vistos desde a criação do mundo, sendo percebidos mediante as coisas criadas, de modo que eles são inescusáveis; porquanto, tendo conhecido a Deus, contudo não o glorificaram como Deus, nem lhe deram graças, antes nas suas especulações se desvaneceram, e o seu coração insensato se obscureceu”.

At. 17.24-28 – Deus é o Criador e o sustentador da vida…

Catecismo de Westminster – “Deus é um Espírito, Infinito, Eterno e Imutável em seu ser, Sabedoria, Poder, Santidade, Justiça, Bondade e Verdade”.

Precisamos entender a verdade de Deus a fim de que o nosso coração possa corresponder a ela e viver de acordo com essa verdade.

Trindade – Unidade trina ou 3 numa única essência.

Podemos resumir o “ensinamento das Escrituras em três declarações: 1. Deus é três pessoas; 2. Cada pessoa é plenamente Deus; 3. Há um só Deus” (Wayne Grudem).

Três pessoas – Pai, Filho, Espírito Santo – um só Deus (Is 45.21,22; 1 Tm 2.5; Tg 2.19; 1 Co 8.6).

Jesus se declara ou é apresentado como Deus, Jo 1.1,18; Fp 2.5-8; Tt 2.13; Hb 1.13;

Espírito Santo aparece com atributos divinos e em associação com o Pai e o Filho, Mt 10.20; 28.18-20; At 5.3,4; 2 Co 13.13; 1 Pe 1.11.

Trinatarianismo bíblico – Deus como Ser Tri-pessoal é a base:

  • Unidade e diversidade refletida nas relações humanas;
  • Amor e capacidade de amar;
  • Hierarquia e ordem na totalidade do nosso ser, no universo e na sociedade;

Por ser trino Deus pode ser ao mesmo tempo Justo e Justificador, Juiz e Réu vicário (Rm 3.26).

III. Como conhecer a Deus?

“O fundamento de todo conhecimento  verdadeiro há de ser a clara compreensão mental de Suas perfeições, tal como se revelam na Sagrada Escritura” (A. W. Pink, “Los Atributos de Dios”, p. 7).

“A alma só conhece verdadeiramente a Deus quando se rende a Ele; quando se submete a sua autoridade e quando seus preceitos e mandamentos regulam todos os detalhes da vida” (A. W. Pink, “Los Atributos de Dios”, p.7).

Segundo J. I. Packer, conhecimento de Deus envolve:

  1. Ato de ouvir a Palavra de Deus e recebê-la como interpretada pelo Espírito Santo com relação a nossa pessoa;
  2. Notar a natureza e o caráter de Deus;
  3. Aceitar () Seu convite e obedecer (obediência) suas ordens;
  4. Reconhecer Seu amor – alegrar-se na comunhão com Ele.

Entendendo que tudo isto é questão de graça divina… A iniciativa é de Deus… Ele se revela (Hb 1.1-4; Mt 11.25-30; Jo 1:14; 17:3).

Conclusão

Nesta série estaremos estudando (cerca de 06 domingos) alguns atributos de Deus, procurando conhecer e crescer no conhecimento de Deus com o propósito de que tal conhecimento nos conduza a “vida e a piedade” e “seja um bálsamo para cada ferida; … consolo para as tristezas, e … alívio para todas as mágoas”.

Precisamos entender a verdade de Deus a fim de que o nosso coração possa corresponder a ela e viver de acordo com essa verdade.

2 Pe 1:2,3  “Graça e paz vos sejam multiplicadas no pleno conhecimento de Deus e de Jesus nosso Senhor;  visto como o seu divino poder nos tem dado tudo o que diz respeito à vida e à piedade, pelo pleno conhecimento daquele que nos chamou por sua própria glória e virtude”.

“Piedade significa responder à revelação de Deus com confiança, obediência, fé, adoração, oração e louvor, submissão e serviço. A vida deve ser vista e vivida à luz da Palavra de Deus. Isto é verdadeira religião…” (J.I. Packer).

“Na contemplação de Cristo existe um bálsamo para cada ferida; na meditação sobre o Pai, há consolo para as tristezas, e na influência do Espírito Santo alívio para todas as mágoas” (Packer).