Jesus Cristo, O Messias (parte 2)

“Muitos samaritanos creram nele (Jesus Cristo), em virtude do testemunho da mulher, que anunciara…” (Jo 4:39).

Mensagem: O Espírito Santo através da palavra de Deus almeja nos mover ao testemunho autêntico e dinâmico de Jesus Cristo para que “outros creiam em virtude do nosso testemunho”, ao lhes anunciarmos sobre Jesus, “quem Ele é” e o “que Ele fez por nós”.

Esboço:

Como vimos na 1a. Mensagem, na história da mulher samaritana, João 4,  temos os versículos 25 e 26 como o ponto central: “Eu sei, respondeu a mulher, que há de vir o Messias, chamado Cristo; quando ele vier, “nos anunciará todas as coisas. Disse-lhe Jesus: “Eu o sou, eu que falo contigo”. Jesus se reconhece e se declara que é o Messias, o Cristo.

Como afirma o Pr. John MacArthur Jr., na conversa com a mulher samaritana nós encontramos cinco provas de que Jesus Cristo era verdadeiramente o Messias, o Filho de Deus.

3a. mensagem – “Jesus Cristo, O Messias” (Cont.), 02/09/2012

Refletimos sobre 3 provas:

1a. prova – Jesus tinha o controle imediato sobre todas as coisas, Jo 4:27; 2a. prova – O impacto que Jesus Cristo causou sobre a mulher samaritana, Jo 4:28-30; 3a. prova – A intimidade de Jesus Cristo com o Deus Pai, Jo 4:31-35.

Hoje vamos refletir sobre a 4a. e a 5a. prova de que Jesus era verdadeiramente o Messias.

4a. prova – A visão de Jesus da alma humana, Jo 4:35-38

Jesus como ninguém conhecia a natureza, e a alma do ser humano.

“Estando ele em Jerusalém, durante a Festa da Páscoa, muitos, vendo os sinais que ele fazia, creram no seu nome, mas o próprio Jesus não se confiava a eles, porque os conhecia a todos. E não  precisava que alguém lhe desse testemunho a respeito do homem, porque ele mesmo sabia o que era a natureza humana”, Jo 2: 23-25.

Jesus ao olhar para a mulher samaritana e para todo aquele povo de Sicar sabia que eram pessoas necessitadas da “água viva”, pessoas sem Deus, perdidas espiritualmente, necessitadas do conhecimento de Deus e da vida espiritual que Dele procede.

Você consegue enxergar as pessoas que ao teu redor vivem “sem Cristo, … estranhos as alianças da promessa, não tendo esperança e sem Deus no mundo” (Ef 2:12)?

Aos teus olhos qual é a maior necessidade destas pessoas?

Jesus usa a figura da plantação e da colheita para revelar a urgência dos perdidos serem alcançados com a mensagem do Evangelho.

A mulher samaritana, o povo de Sicar etc. eram como campos prontos para a colheita.

Jesus sabia, assim como sabe, que havia, e há, pessoas prontas para crerem (Jo 4:39-42), prontas para a salvação.

“O trabalho da evangelização tem promessas de recompensa, fruto que traz regozijo eterno (Jo 4:36), e o mútuo companheirismo de um privilégio compartilhado” (MacArthur).

Há pessoas que crerão no Evangelho…

Você tem um senso de urgência, a visão dos “campos prontos para a colheita”?

Como você vê os seus familiares, vizinhos etc., que ainda não conhecem a Jesus Cristo?

Você tem a visão da responsabilidade e privilegio de testemunhar e anunciar Jesus Cristo?

5a. prova – O impacto de Jesus sobre os samaritanos, Jo 4:39-42.

Muitos dos samaritanos depois de terem ouvido o testemunho da mulher, e de terem estado alguns dias com Jesus, creram em Jesus “por causa da sua palavra, e diziam à mulher: Já agora não é pelo disseste que nós cremos; mas porque nós mesmos temos ouvido e sabemos que este é verdadeiramente o Salvador do mundo” (Jo 4:39-42).

O propósito de testemunhar e anunciar Jesus é convocar os pecadores ao arrependimento dos pecados e a crerem em Jesus como único e suficiente Salvador, vivendo para Sua glória.

Como temos visto João 4 ocorre Jesus e seus discípulos estando na região da Samaria, e no Seu encontro com a mulher e os samaritanos na cidade de Sicar.

Ao olharmos para os samaritanos podemos ver alguns paralelos com a sociedade em que vivemos…

  1. Havia um contexto de animosidade social, racial… Jo 4:9

Os judeus e os samaritanos não conviviam bem uns com os outros. Samaria ficava no Norte, e representava toda região chamada do Reino do Norte de Israel, que tinha sido levado cativo para a Assíria em 722 a.C.

Judá era do Reino do Sul…

A Assíria levou muitos não judeus para a Samaria, que acabaram casando com judeus, e formando uma raça mista…

Temos ainda o caso da situação da posição da mulher naquele contexto social, Jo 4:27. Um “rabi”, mestre, não conversava publicamente com uma mulher, ainda mais uma mulher que não tinha uma boa reputação…

Também vivemos numa sociedade aonde vamos encontrar animosidades por uma questão racial, social, cultural…

  1. Havia uma confusão religiosa, espiritual, Jo 4:18-25

Os samaritanos que reconheciam apenas o Pentateuco (Gênesis a Deuteronômio), consideravam o monte Gerizim (Dt 11:29,30) como o local de adoração, enquanto que para os judeus Jerusalém era o local de adoração.

Quantas pessoas hoje em nosso meio não relacionam adoração com locais?

Jesus revela para a mulher que a adoração não estava restrita a um local, mas a atitude correta de coração (“em espírito”)  e baseada na revelação de Jesus Cristo e da palavra de Deus (“em verdade”).

Os samaritanos também criam e aguardavam a vinda do Messias (Jo 4:25). Tinham certo conhecimento sobre o Messias, embora que para muitos o Messias seria um líder religioso e político…

Quantas pessoas hoje não têm certo conhecimento de Jesus, e um conhecimento distorcido sobre Jesus Cristo e Sua obra?

Os samaritanos viviam num sincretismo religioso… 2 Rs 17:33 “… temiam o Senhor e, ao mesmo tempo, serviam os seus próprios deuses, segundo o costume das nações dentre as quais tinham sido transportados.”; “… temiam o Senhor e serviam suas próprias imagens de escultura; como fizeram seus pais, assim fazem também seus filhos e os filhos de seus filhos até o dia de hoje” (2 Rs 17:41).

Quantas pessoas em nosso meio dizem crer em Deus, mas ao mesmo tempo servem seus próprios deuses, têm suas imagens de escultura seguindo a tradição de seu povo, dos seus pais e avós?

  1. Havia uma desagregação familiar, de valores… Jo 4:13-18

Na conversa com a mulher Jesus estava falando de “água viva”, de uma necessidade espiritual, mas a mulher estava pensando numa necessidade física (Jo 4:13-15)… De igual modo o mundo que vivemos foca a satisfação da necessidade física, muito mais que a necessidade espiritual…

Muitas pessoas buscam Deus por causa de promessas de riqueza, cura, bem estar etc., mas, não pelo reconhecimento de suas necessidades espirituais, de sede de conhecimento e relacionamento com Deus, de transformação espiritual…

Vimos em outra parte da mensagem que a mulher samaritana não tinha uma boa reputação, pois ela já tinha tido cinco maridos, e o homem com quem estava não era seu marido (Jo 4:16-18).  Para Jesus viver junto não significa casamento… “Biblicamente, o casamento sempre é restrito a um contrato público, formal, oficial e reconhecido” (MacArthur).

Não vivemos também numa sociedade com desagregação dos valores familiares, de desvalorização do casamento?

É neste mundo: de animosidade social, racial e cultural… De confusão religiosa e espiritual, de sincretismo religioso… De desagregação familiar, de crises de valores morais e éticos… que nós somos chamados e enviados para sermos “sal e luz”, para testemunharmos e anunciarmos a salvação em Jesus Cristo.

Conforme veremos na série de mensagens no livro de Efésios, “… Andeis de modo digno da vocação que fostes chamados”, Ef 4:1;  Ef 4:17 – “Não andei como andam os gentios…”; Ef 5:1 – “Andai como filhos da luz…”

Hoje cultura fragmentada, narcisista, individualista e fútil… Temos que nos perceber como povo de Deus, povo da aliança. (Ricardo Barbosa, IBM, SP, 15/09/10).

Fomos por Deus, chamados pelo Evangelho de Jesus Cristo, e enviados ao mundo, para que no Espírito vivamos como “santos e fiéis”, vivendo “…de modo digno da vocação…” que fomos chamados (Ef 4:1). Não andando “…  como andam os gentios…” (Ef 4:17), mas como “… filhos da luz…” (Ef 5:1).

Em obediência ao Senhor Jesus Cristo (Mt 28:18-20), movidos pelo Seu amor (2 Co 5:14), testemunhos e anunciemos Jesus Cristo pois os “campos estão prontos para a colheita”.

O Espírito Santo através da palavra de Deus almeja nos mover ao testemunho autêntico e dinâmico de Jesus Cristo para que “outros creiam em virtude do nosso testemunho”, ao lhes anunciarmos sobre Jesus, “quem Ele é” e o “que Ele fez por nós”.