Vivendo sem jeitinhos

Mensagem: A verdadeira paz é fruto da obediência e confiança em Deus, e não dos jeitinhos para resolução dos problemas e dos conflitos a nossa maneira.

Introdução

Recordando

Na 9ª mensagem, “Promessas que alegram o coração”, Is 24-27, durante 3 domingos vimos que “as promessas de bênçãos divinas alegram o coração dos que Nele confiam e esperam”

Hoje, “Vivendo sem jeitinhos”…

Nuvens sobre Jerusalém…

Jerusalém significa “Cidade de paz”, mas por causa de sua história tem sido associada mais com conflito do que com paz. Ainda hoje, Jerusalém é um ponto focal para a paz no Oriente Médio.

Sl 122:6 – “Orai pela paz de Jerusalém…”. Por que orar pela paz de Jerusalém?

Porque quando lá houver verdadeira paz, então haverá paz em todo o mundo, Is 52:7; 66:12,13.

Caps. 28 – 31 temos cinco “ais”, cujo foco principal está em Jerusalém (já falamos em alguns “ais” em mensagens no início desta série em Isaías) – 28:1; 29:1; 29:15; 30:1; 31:1; e, o sexto “ai”, 33:1.

Intercalados com estes “ais” de julgamento há promessas de restauração e glória.

Isaías exorta os líderes de Judá a viver sem jeitinhos, parar de confiar no “poder político” e nos tratados internacionais, e começar a confiar no Senhor Deus.

Paz, fruto da obediência e confiança em Deus, Is 26:3-5; e, fruto da justiça, Is 32:7.

A verdadeira paz é fruto da obediência e confiança em Deus, e não dos jeitinhos para resolução dos problemas e dos conflitos a nossa maneira.

I. O Senhor adverte o pecador, 28:1-29

Isaías vê nuvens densas, tempestade chegando sobre Jerusalém, e anunciando que problemas estão chegando. Uma tempestade vindo? Sim, o exército assírio…

A nação deveria se voltar, arrependida para Deus.

O profeta anuncia o julgamento de Deus sobre Efraim (Samaria era a capital das 10 tribos representadas por Efraim; o reino do Norte, Israel), Is 28:1-6, o que serviria de aviso para Judá e Jerusalém. Se a Assíria conquistasse a arrogante Samaria, Judá seria a próxima…

Judá praticava os mesmos pecados que Efraim, e foi advertida, 28:1ss:

Vejamos alguns dos pecados:

1) Orgulho, soberba…

Efraim, orgulhosa de sua beleza, mas parece desconhecer que tal beleza  passaria com a glória e a beleza de uma flor – Is 28:1,4.

Efraim aprenderia que Jeová, não Efraim é a “coroa da glória”e “diadema de beleza”, Is 28:5, e que Jeová é o Deus da justiça, 28:5,6.

2) Embriagues…

Sacerdotes / profetas – líderes religiosos, bêbados…

Provérbio japonês – “Primeiro o homem pega um drinque, depois o drinque pega um drinque, e então o drinque pega o homem”.

Deus advertiu contra os bêbados… Ribeirão Preto, terra do chope, Pinguim (famosa choperia), bares concorridos… Álcool e direção (acidentes de transito) tem sido uma perigosa combinação, causado muitos acidentes com mortes…

Assim na busca do prazer, nossa sociedade tem ignorado as conseqüências do pecado, e a condenação divina contra o pecado.

3) Líderes espirituais zombando e rejeitando a palavra de Deus…

Líderes confusos em visões e não aconselhando o povo segundo o Espírito de Deus… v. 7; Ef 5:18.

Zombando do profeta e rejeitando a palavra de Deus, vv. 9-13.

A sociedade hoje, e até muitos do que se dizem cristãos, tem um comportamento similar diante da palavra de Deus e dos Seus servos.

Deus oferece descanso ao Seu povo, mas o povo não obedece, não ouve, a Sua palavra (28:11-14; 30:15).

4) Fé e confiança em alianças políticas e não em Deus… vv. 15, 18; 30:1-3; 31:1.

A fé e confiança deveriam estar depositadas em Deus, a Rocha Eterna, Is 28:16; 30:18 (cf. 1 Pe 2:4-7; Rm 9:33; Mc 12:10; Sl 118:22).

Aquele que confia em Deus jamais será abalado, confundido, Is 28:16; Rm 10:11.

Isaías adverte que a confiança deles de que Deus não julgaria, não traria condenação contra o pecado, era um engano, Is 28:21-29.

Assim como o lavrador tem propósito ao lavrar a terra, Deus sabe o trabalho que precisará realizar para trazer o Seu povo de volta aos Seus propósitos eternos.

A queda do reino do Norte não trouxe arrependimento a Jerusalém… Achavam que o julgamento de Deus não viria – mas, chegaria com certeza.

O povo ia ao templo, mas não havia verdadeira e séria adoração a Deus… Is 29:13; Jo 4:24.

Estavam espiritualmente cegos, Rm 11:18; 2 Co 3:13-18; Jo 9:39-41; 2 Ts 2:1-12.

II. O Senhor trata com o pecador

2) O Senhor repreende e é misericordioso para com o pecador, Is 29:1-24; 30:1-33

“Ai da lareira de Deus”  – Jerusalém… , Is 29:1-14

Apesar do pecado continuavam com as festas religiosas, Is 29:1.

Deus estava vindo para humilhar a cidade orgulhosa, Is 29:4-6.

701 a.C. a Assíria marchou triunfalmente sobre Judá…

Deus usou a Assíria para castigar o Seu povo, mas a própria Assíria sofreria, também, o julgamento de Deus por causa dos seus pecados, Is 30:31; 31:8,9.

586 a.C. a Babilônia conquista Jerusalém, destroem e levam milhares de judeus para o cativeiro…

O profeta Isaías olha mais longe, na história, no tempo em que Jerusalém será atacada pelos exércitos do mundo, Is 29:7-9; Zc 14:1-3.

Haverá a batalha de Armagedon, relatada em Ap 14:14-20; 16:13-21.

Mas, haverá vitória em Cristo – Ap 19:11-21.

Mas, por que eles ignoravam a história e as revelações do profeta?

“Seus corações estavam longe de Deus”, Is 29:13; Mt 15:1-9.

“Ais dos filhos rebeldes”, Is 30:1-7.

Israel buscava no Egito proteção contra a Assíria, Is 30:2, 6-8.

30:9 – “povo rebelde, filhos mentirosos, filhos que não querem ouvir a lei do Senhor”.

Eles queriam ouvir “palavras agradáveis”, v. 10, 11, de falsos profetas, sermões que não os confrontassem nas suas confortáveis vidas e em seus pecados.

Eles não quiseram se converter, se voltar para Deus, Is 30:12-15. A situação é muito diferente, hoje?

Mas, o Senhor espera para ter misericórdia, porque o Senhor Deus é Deus de justiça, e feliz todos os que Nele esperam, Is 30:18.

O povo deveria buscar o conselho do Senhor, em vez de depender da sua própria sabedoria e das frágeis promessas dos seres humanos.

Is 29:17-24, Isaías exortou o povo a olhar adiante e considerar o plano que Deus tinha para eles…

Eles podiam confiar em Deus, Is 29:19, 22-24.

É trágico quando uma nação, como Israel, esquece sua herança espiritual e deixa Deus, para confiar nos planos e nas promessas dos seres humanos.

Benjamin Franklin, 1787, Filadélfia, na Convenção Constitucional: “Eu tenho vivido, senhores, um longo tempo; e quanto mais eu vivo, mais convincentes provas eu vejo desta verdade – que Deus governa nos trabalhos dos homens. Eu por isso oro implorando assistência dos céus e suas bênçãos sobre nossas deliberações… nesta assembléia a cada manhã…”.

Deus esperava esta atitude do seu povo, em Jerusalém, no lar, no mundo corporativo, acadêmico, na igreja…

Conclusão

Is 31:1-19

v. 1 “Ai dos que descem ao Egito em busca de socorro…”. Isto é um sumário do que Deus já havia falado ao Seu povo.

O povo estava depositando a sua fé e a confiança no ser humano, e não no Deus Vivo e Verdadeiro.

Mas, a verdadeira paz é fruto da obediência e confiança em Deus, e não dos jeitinhos para resolução dos problemas e dos conflitos a nossa maneira.

Hoje, nós discípulos de Jesus Cristo, a Igreja de Jesus Cristo, diante dos desafios e obstáculos da vida, dos inimigos – o Diabo e seus correligionários etc., nós podemos ser tentados a buscarmos socorro aparte de Deus e ou confiarmos nos nossos jeitinhos…

Sl 1 – feliz aquele que não busca conselho do ímpio, e dia e noite medita na lei do Senho…

Diante dos desafios e as advertências da palavra de Deus, nós precisamos:

1º. Examinar os nossos corações e ver se há algo que precisamos confessar a Deus, pedindo perdão e tomando a decisão de abandonar que não O agrada (Is 30:10-15) – Sl 139 “Sonda-me ó Deus e vê se há em mim algum caminho mau…”;

2º. Arrepender e voltar-se para o Senhor Jesus Cristo, e em fé e obediência nos rendermos sem restrições a Sua vontade (Is 30:15; 31:6,7);

“O remorso, a contrição e o arrependimento verdadeiros nascem do amor gerado em relação a tudo o que Deus significa para nós em Jesus” (John Piper).

“O arrependimento é primeiro passo espiritual na estrada do Calvário para obedecer a Jesus de maneira radical” (Piper).

“Muitos criminosos chorarão quando a sentença for proferida, e não será porque a amaram a justiça, mas porque a liberdade para fazer mais injustiças lhes será tirada. Esse tipo de pranto não é o arrependimento evangélico verdadeiro. E também não leva ninguém à obediência cristã radical… [...] Prantear o castigo que se está por receber por agir mal, não é sinal de ódio ao erro, mas somente ódio ao sofrimento”(Piper).

3º. Viver cada dia no Espírito Santo com fé e confiança em Deus gerindo nossa vida segundo a Sua vontade revelada na Bíblia, deixando de lado todo e qualquer jeitinho em busca de soluções de problemas e ou para uma vida satisfatória aparte de Deus(Is 28:16).

Judá e Jerusalém precisam saber esta verdade.

Nós também precisamos…

A verdadeira paz é fruto da obediência e confiança em Deus, e não dos jeitinhos para resolução dos problemas e dos conflitos a nossa maneira.