Relacionamentos e o valor do casamento

Relacionamentos e o valor do casamento

Mateus 5.31,32

Mensagem: O cristão autêntico tem como imperativo a construção de relacionamentos sadios e construtivos, tendo como padrão e fundamento a lei de Deus, revelada em Jesus Cristo e na sua palavra. 

ESBOÇO:

INTRODUÇÃO

A. Recordando

Ouvistes que foi dito aos antigosEu, porém vos digo

O que Jesus Cristo estava contrapondo aos escribas e fariseus?

O  que Jesus contradizia não eram as Escrituras, mas a tradição; não a palavra de Deus que eles tinham “lido”, mas a instrução oral que fora dada “aos antigos” e que eles tinham ouvido… (Stott)

Jesus Cristo não estava alterando o verdadeiro significado da lei, mas explicando e declarando o verdadeiro sentido da lei. (MacArhtur) 

4a. Mensagem de 02/06 - Relacionamentos e a pureza sexual, Mt 5.27 a 30 

B. 5a. Mensagem, 30/06 - Relacionamentos e o valor do casamento, Mt 5.31,32. 

5.31 Também foi dito: Aquele que repudiar sua mulher, dê-lhe carta de divórcio. 32 Eu, porém, vos digo: qualquer que repudiar sua mulher, exceto em caso de relações sexuais ilícitas, a expõe a tornar-se adúltera; e aquele que casar com a repudiada comete adultério. 

Quantas dores, tragédias, …, procedem de maus casamentos, e de divórcios? 

Frases Populares sobre casamento e amor (*):

“O ser humano nasce, cresce, fica burro e casa.”

“Casamento é como a Avenida Paulista, começa no Paraíso e termina na Consolação.”

“O amor é uma flor roxa que nasce no coração do trouxa.” 

O que o mundo fala a respeito do casamento hoje (*):

Casar é besteira, vai morar junto;

As pessoas casam já pensando no divórcio;

Não casar e curtir a vida, pois não quer que ninguém seja seu “dono” e ponha uma coleira;

O casamento limita sexualmente;

Hoje é normal casais trocarem de parceiros;

Casar é coisa do passado;

As pessoas não querem ficar presas a um papel;

Casar é deixar de curtir a vida, perde a liberdade. 

( (*) Notas de um estudo de Juliana Cardin, 23.08.2014)) 

 O que Jesus Cristo nos ensina neste texto?

 

 

I. O casamento é planejado por Deus “até que a morte os separe”, Mt 19.4-6

Mt 19.3 Vieram a ele alguns fariseus e o experimentavam, perguntando: É lícito ao marido repudiar a sua mulher por qualquer motivo? 4 Então, respondeu ele: Não tendes lido que o Criador, desde o princípio, os fez homem e mulher 5 e que disse: Por esta causa deixará o homem pai e mãe e se unirá a sua mulher, tornando-se os dois uma só carne? 6 De modo que já não são mais dois, porém uma só carne. Portanto, o que Deus ajuntou não o separe o homem.

 

Os fariseus, alguns dos líderes religiosos da época de Jesus, fizeram-lhe uma pergunta sobre divórcio. Jesus Cristo respondeu a pergunta falando sobre a santidade do casamento no contexto do Reino de Deus; ao insistirem perguntando sobre a questão do divórcio, Jesus volta a focar a intenção original de Deus. Casamento, esta  é intenção original e ideal determinada por Deus.

 

O que é o casamento?

O casamento não é: uma convenção social; procriação; constituir família; declaração de amor; morar juntos; dividir responsabilidades…

 

Jesus Cristo mencionou as bases do casamento, desde Gênesis, definindo o que é o casamento na perspectiva divina.

 

A. Casamento é uma aliança, com promessa de futuro.

Uma aliança, declaração entre um homem e uma mulher, "macho e fêmea", 19.4

Casamento não é uma declaração de amor no presente, uma aliança para o presente, mas uma aliança e declaração de amor para o futuro - "até que a morte nos separe", 19.6 

B. Casamento tem como propósito divino, profunda e íntima comunhão entre o casal, 19.5,6

Gn 2.20 Deu nome o homem a todos os animais domésticos, às aves dos céus e a todos os animais selváticos; para o homem, todavia, não se achava uma auxiliadora que lhe fosse idônea. 21 Então, o SENHOR Deus fez cair pesado sono sobre o homem, e este adormeceu; tomou uma das suas costelas e fechou o lugar com carne. 22 E a costela que o SENHOR Deus tomara ao homem, transformou-a numa mulher e lha trouxe. 23 E disse o homem: Esta, afinal, é osso dos meus ossos e carne da minha carne; chamar-se-á varoa, porquanto do varão foi tomada. 24 Por isso, deixa o homem pai e mãe e se une à sua mulher, tornando-se os dois uma só carne. 25 Ora, um e outro, o homem e sua mulher, estavam nus e não se envergonhavam. 

Já não são mais dois, mas, "uma só carne".

Casamento é a decisão de por amor compartilhar plenamente a vida a dois, num crescente fortalecimento e aprofundamento do amor compromisso, altruísta, afetivo, amizade, conjugal, romântico… 

Sob a ação do Espírito Santo, num ato de decisão e obediência a Deus, dia após dia você aprende a amar o seu cônjuge,  respeitar e valorizar as diferenças, e alegrar-se ao ter o casamento como uma das bençãos de Deus para você. 

O Criador estabeleceu o casamento como a "cola" mais forte na união entre uma homem e uma mulher, 19.5,6 

Mt 19.6b … Portanto, o que Deus ajuntou não o separe o homem. 

II. O divórcio surge na contramão do plano divino, Mt 5.31,32; 19.7-9

5.31 Também foi dito: Aquele que repudiar sua mulher, dê-lhe carta de divórcio. 32 Eu, porém, vos digo: qualquer que repudiar sua mulher, exceto em caso de relações sexuais ilícitas, a expõe a tornar-se adúltera; e aquele que casar com a repudiada comete adultério. 

9.7 Replicaram-lhe: Por que mandou, então, Moisés dar carta de divórcio e repudiar? 8 Respondeu-lhes Jesus: Por causa da dureza do vosso coração é que Moisés vos permitiu repudiar vossa mulher; entretanto, não foi assim desde o princípio. 9 Eu, porém, vos digo: quem repudiar sua mulher, não sendo por causa de relações sexuais ilícitas, e casar com outra comete adultério [e o que casar com a repudiada comete adultério].  

Naquela época havia duas escolas de interpretação sobre a questão do divórcio:

1) Rabi Shammai, divórcio era lícito, diante de qualquer coisa indecente, além do adultério;

2) Rabi Hillel, divórcio era lícito por qualquer coisa que a esposa fez, ou deixou de fazer, fosse real ou imaginário na mente do marido, e isto incluía se mulher cozinhava mal, ficou "feia" … 

No Velho Testamento, adultério era pecado de morte, maldição, de repúdio divino... cf. Dt 22.22; Nm 5.5-31; Ml 2.16. 

Jesus Cristo coloca um princípio de exceção no caso do adultério, Mt 19.9, sempre focando que o princípio original do casamento deve prevalecer sobre o princípio da exceção do divórcio. 

Nota: Questões sobre divórcio e novo casamento - cf. 19.3, 7-9; Dt 24.1-4; … - No nosso contexto, IEBNA, nós tratamos caso por caso, e em situações excepcionais (como por exemplo - um cônjuge que deliberadamente foi rejeitado, apesar de todo esforço para manutenção do casamento) reconhecemos a possibilidade de um novo casamento, para pessoas divorciadas. 

Jesus   Cristo deixa claro de que o divórcio não faz parte do plano original de Deus, e que o mesmo  surgiu por causa do pecado, da dureza do coração humano, coração esse que se rebela contra o plano de Deus. 

Conclusão 

Neste série de mensagens, nós temos visto que

Numa abordagem mais moderna a Lei de Deus é vista como autoritária e absoluta; que, a avaliação do certo e do errado, da conduta correta, deve levar em conta a circunstância, e o amor  que se adapta a qualquer situação!!! 

Mas

O cristão autêntico tem como imperativo a construção de relacionamentos sadios e construtivos, tendo como padrão e fundamento a lei de Deus, revelada em Jesus Cristo e na sua palavra. 

A vida cristã autêntica expressa-se em três dimensões:

a) relacionamento significativo e alegre com Deus Pai, por meio da fé em Jesus Cristo, e sob a dependência do Espírito Santo;  b) devoção íntima, humildade, sincera e obediente a Deus;  c) amor ao próximo. 

Assim

No desenvolvimento, no Espírito Santo,  de relacionamentos sadios e construtivos, devemos ter cuidado com as influências: religiosas dos “escribas e fariseus” do nossos dias; da ética situacional, da nova moralidade, do pós-modernismo… 

Exemplo da má influência religiosa dos “escribas e fariseus”, da ética situacional, da nova moralidade, do pós-modernismo… sobre os cristãos em geral

No caso de Mateus 5.31,32

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Casamento é a decisão de por amor compartilhar plenamente a vida a dois, num crescente fortalecimento e aprofundamento do amor compromisso, altruísta, afetivo, amizade, conjugal, romântico… 

Sob a ação do Espírito Santo, num ato de decisão e obediência a Deus, dia após dia você aprende a amar o seu cônjuge,  respeitar e valorizar as diferenças, e alegrar-se ao ter o casamento como uma das bençãos de Deus para você. 

Jesus   Cristo deixa claro de que o divórcio não faz parte do plano original de Deus, e que o mesmo  surgiu por causa do pecado, da dureza do coração humano, coração esse que se rebela contra o plano de Deus. 

Na dependência do Espírito Santo, em constante vigilância e oração, “ande como Jesus Cristo andou” … 

1 Jo 2.4 Aquele que diz: Eu o conheço e não guarda os seus mandamentos é mentiroso, e nele não está a verdade. 5 Aquele, entretanto, que guarda a sua palavra, nele, verdadeiramente, tem sido aperfeiçoado o amor de Deus. Nisto sabemos que estamos nele: 6 aquele que diz que permanece nele, esse deve também andar assim como ele andou. 

E, um dos resultados do viver sério com Deus é “amar a vida e ver dias felizes”

1 Pe 3.10 Pois quem quer amar a vida e ver dias felizes refreie a língua do mal e evite que os seus lábios falem dolosamente; 11 aparte-se do mal, pratique o que é bom, busque a paz e empenhe-se por alcançá-la. 12 Porque os olhos do Senhor repousam sobre os justos, e os seus ouvidos estão abertos às suas súplicas, mas o rosto do Senhor está contra aqueles que praticam males. 

O cristão autêntico tem como imperativo a construção de relacionamentos sadios e construtivos, tendo como padrão e fundamento a lei de Deus, revelada em Jesus Cristo e na sua palavra. 

Bibliografia

MacArthur, Jhon. Biblia de Estudo MacArthur. Barueri, SP: Sociedade Biblica do Brasil, 2010.

Pentecost, J. Dwight. O Sermão da Montanha - Introspecções hodiernas para um estilo de vida cristão. Belo Horizonte: Editora Betânia, MG 1984.

Lloyd-Jones, Martyn. Estudos no Sermão do Monte. São Paulo, SP: Editora Fiel, 1984.

Stott, Jhon. Contracultura Cristã - A mensagem do Sermão do Monte. São Paulo: ABU Editora, 1981.

Wesley, John. O Sermão do Monte. São Paulo, SP: Editora Vida, 2012.

Wiersbe, W. Warren. Novo Testamento 1 - Comentário Bíblico Expositivo. Santo André, SP: Geográfica Editora, 2014.

Notas:

Palavras gregas, pesquisa, no e-Sword, Bible Study - RA Strong’s; RIENECKER, Fritz e ROGERS, Cleon. “Chave lingüística do Novo Testamento grego”, São Paulo, SP: Vida Nova, 1985. 

Lembre-se:

A sua responsabilidade, debaixo da graça e capacitação divina é a de perseverante, e confiantemente aplicar os princípios e as verdades divinas que tens ouvido (Fp. 2.12,13; 1 Tm. 4.7-9; Tg. 1.22-27). Ao meditar nesta mensagem, pergunte-se:

* O que  Deus quer transformar no meu modo de pensar e agir?

* Como eu posso colocar isso em prática na minha vida?

* Qual o primeiro passo que darei nessa direção (para que haja real transformação em minha vida)? 

Conheça... Creia... Aproprie-se... E, pratique a verdade divina para que experimentes a vida plena que há em Jesus Cristo (João 10.10).

 

Pr. Domingos Mendes Alves

Domingos M. Alves